Foi durante a mais recente sessão ordinária da Assembleia Municipal do Entroncamento, ontem, dia 26 de setembro que, interpelado sobre os recentes atos de criminalidade na cidade por parte da deputada Susana Cruz (PSD), Jorge Faria (PS), presidente da autarquia, respondeu que “relativamente aos assaltos e roubos, é uma questão que está perfeitamente identificada pelas autoridades policiais. Eu posso partilhar uma informação que é a de que a grande maioria dos assaltos que ocorreram nos últimos meses, sobretudo a viaturas, foi executada por um número muito reduzido de indivíduos, (…) todos eles já foram presentes às entidades judiciais (…) e, como qualquer cidadão, para qualquer um de nós aqui, estranhamos como é que indivíduos são detidos em flagrante pelas autoridades policiais, são devidamente identificados, alguns com antecedentes por prisões anteriores, e são sistematicamente mandados em liberdade pelos tribunais.”
O autarca continuou, “penso que a todos nós nos custa a acreditar, e apesar das dificuldades todas que a PSP (Polícia de Segurança Pública) tem, também não é fácil perceber que um agente, sistematicamente a fazer o seu trabalho, a prender os mesmos indivíduos e sistematicamente…”, para depois de uma breve pausa dizer: “posso dar exemplos, como um indivíduo que o tribunal mandou apresentar-se numa hora, no dia “x”, e foi detido à mesma hora, em Porto de Mós a fazer mais um assalto.”
“Infelizmente, alguns deles estão muito dependentes da droga e roubam por causa disso A PSP tem feito o seu trabalho de apresentar estes indivíduos aos tribunais e, até agora, não ficaram detidos. É difícil perceber”,
Susana Cruz, que interpelou o executivo sobre este tema, falou mesmo de um “esfaqueamento”, tendo sido Ricardo Antunes (PS) a afirmar que a questão da segurança preocupa mas que o esfaqueamento não se teria verificado.
Segundo o EOL apurou, os crimes têm sido maioritariamente cometidos por um indivíduo, e que os restantes são fruto da ação de um número reduzido de meliantes.