
Pedro Nuno Santos (PNS), o ex-ministro demitido, por óbvias manifestações de aguda
doença de Alzheimer, esteve no Entroncamento em ação de espalhafatosa
maledicência, disparando de rajada bafientos credos ideológicos, como se fosse um
exemplo a seguir.

A 2ª geração da burguesa esquerda caviar
Passeou a bel-prazer a elitista arrogância da burguesa extrema esquerda aristocrática,
deixando a pegada das exóticas iguarias de caviar e do borbulhante champanhe
gourmet.
Seguido pela entourage do Partido Socialista local, um sisudo PNS protagonizou um
melancólico déjà vu: vociferou, como um robô monocórdico, amestradas palavras de
ordem, da ultrapassada cassete doutrinária, disfarçando mal um museológico estilo
“casseteiro”.
Uma estrangeirinha de má memória
Para quem fala trauliteiramente do PSD fez lembrar uma desacreditada personagem do
Partido Socialista de que é um clone. Um tal “engenheiro” (este sim para esquecer), que
chamou a Troika, arranjando uma estrangeirinha de má memória, mas ainda foi
suficientemente engenhoso para arquitetar tramóias com os amigalhaços.
Românticas tricas do febril frenesim ideológico
Este revolucionário de proveta não percebe que o PSD local não se preocupa com
românticas tricas do febril frenesim ideológico, entre a esquerda e a direita. Os eleitos
locais do PSD estão empenhados nas melhores soluções de habitação pública, para as
pessoas do concelho que são a nossa prioridade.
PNS fala muito, mas sabe pouco sobre a habitação no nosso concelho. Nem deve
conhecer a realidade de São João da Madeira (SJM) de onde é natural. Não admira. Este
aventureiro das infraestruturas não sabia o preço das viagens de comboio mais
frequentes, quando tinha a pasta. Nem o valor do indexante dos apoios sociais (IAS).
A científica religião dos dados
Quando PNS fala de cor sobre a habitação pública do Entroncamento devia ter cuidado
com o que diz até porque SJM tem uma orientação muito diferente do Entroncamento
nesta matéria, como se pode verificar pelos dados da Tabela 1 desta publicação.

Quem lava a cara como os gatos?
Verifica-se na tabela que os dois concelhos são os mais pequenos de Portugal.
Inversamente, os dois situam-se entre os concelhos portugueses com maior densidade
populacional, no rol dos 308 concelhos nacionais.
Mas na habitação pública há diferenças. Em SJM, do total das 582 habitações propostas,
471 (81%) são para reabilitar e apenas 111 (19%) são construções novas.
O executivo municipal de SJM apoia a reabilitação de habitação própria e permanente
de proprietários sem capacidade financeira, para o efeito.
Já no Entroncamento propõem-se 306 habitações, sendo 86 (28%) para reabilitação. As
restantes 220 (72%) são construções novas, em claro contraste com SJM.
O nosso concelho é omisso na reabilitação da habitação própria e permanente,
impedindo os proprietários com poucos recursos de usufruir dos apoios financeiros
previstos no PRR (programa 1º Direito).
Comparativamente a SJM o Entroncamento desperdiça uma boa oportunidade para
“lavar a cara” ao edificado urbano deteriorado ou em estado de degradação.
Aprender como quem sabe
É por isto que PNS não tem de se preocupar com a “direita”. Tem é de se preocupar com
a “esquerda” que tem conduzido os destinos do nosso concelho, porque o slogan que
apregoa está cada vez menos adequado às pessoas.
Em vez de nos vir dar lições do alto da sua “cátedra” está na hora de PNS, juntamente
com a entourage do Partido Socialista local, aprender alguma coisa com SJM, que
defende primeiro a própria população e o respetivo património edificado.
Do Entroncamento para Guifões em modo TGV
Aproveitando a sua eufórica presença no Entroncamento PNS podia ter explicado
porque optou por Guifões, no Norte, para instalar as oficinas da CP quando o podia ter
feito no Entroncamento, onde os comboios Intercidades fazem as grandes reparações.
Podia ter explicado porque é que decidiu reabrir em 2021 as oficinas de Guifões,
fechadas desde 2012, quando havia capacidade instalada ao nível de infraestruturas e
de mão de obra qualificada no Entroncamento, para reparar o material circulante.
Podia ter explicado porque é que a CP preferiu pagar, desde 2008, até à atualidade, mais
de 8,4 milhões de euros às Infraestruturas de Portugal, para utilizar parte das oficinas
de Guifões, quando podia ter utilizado sem custos as oficinas do Entroncamento.
Podia ter explicado porque é que há mais de 30 anos as oficinas da CP no Entroncamento
não são modernizadas e porque é que há falta de investimento nas oficinas de
equipamento rodável que mantêm as caraterísticas de há 40 anos atrás.
Podia ter explicado porque deslocalizou, em modo TGV, as oficinas para Guifões,
privando um concelho de matriz ferroviária, como o nosso, dos empregos que a ferrovia
tradicionalmente proporcionava às famílias desde várias gerações.
E se PNS não fosse nosso “amigo”?
Porque é que não explicou a economia de escala que as oficinas do Entroncamento
podem criar através de múltiplas sinergias com outras empresas de material ferroviário
ou atividade ferroviária ou, ainda, com a indústria de componentes?
Já agora os eleitos locais do Partido Socialista podiam ter tentado demover o ex-ministro
das decisões que tomou. Porque não o fizeram?
Tendo sido PNS Ministro das Infraestruturas e gostando tanto do nosso concelho até
temos receio de imaginar o que teria acontecido ao Entroncamento se PNS não fosse
nosso “amigo”.
Dá-me o teu voto, mas não penses que sou teu devoto
O que PNS andou a papaguear de forma enganosa pelo nosso concelho é o exemplo
acabado do velho provérbio da sabedoria popular: faz o que eu digo, mas não faças o
que eu faço.
Mas como estamos em clima pré-eleitoral provavelmente o que define melhor PNS é o
seguinte mantra eleitoral: dá-me o teu voto, mas não penses que sou teu devoto.
Houve eleições onde os candidatos, com o seu dinheiro, ofereciam eletrodomésticos
para captar os eleitores, hoje um candidato a 1º Ministro faz campanha oferecendo
habitações, mas com o dinheiro de todos nós.
Assim é fácil.
Viva o Entroncamento!





















