A região de Valência, Espanha, bem como algumas zonas do leste do país, está a ser fustigada com chuvas torrenciais que, segundo o mais recente balanço, já provocaram a morte a 62 pessoas e o número vai aumentar segundo o Centro Integrado de Coordenação Operacional do Ministério do Interior, que agrega informação de vários órgãos de segurança e emergência.
A imprensa espanhola avança que a precipitação em Valência, na última noite, foi a mais elevada desde 11 de setembro de 1966, tendo chovido entre 120 e 180 litros de água em 12 horas, tendo chovido entre 120 e 180 litros de água por metro quadrado em 12 horas. A região continua em alerta máximo.
O temporal atingiu vias e infraestruturas, provocando inundações em estradas e campos, destruindo pontes e arrastando carros. O presidente do governo regional da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, reiterou, esta quarta-feira, o pedido à população para evitar sair de casa e para não tentar circular pelas estradas. Segundo o serviço de emergências, cerca de 200 pessoas foram resgatadas durante a madrugada, mas as equipas de proteção civil e de militares que estão no terreno continuam sem acesso a várias zonas afetadas, por haver vias inundadas e infraestruturas afetadas. Seis pessoas continuam desaparecidas e há várias zonas sem comunicações e eletricidade.
Com o nascer do dia e o reforço do meios, foi possível iniciar os resgates com meios aéreos, disse aos jornalistas o coordenador das equipas de emergência, José Miguel Basset, adiantando que há centenas de pessoas presas, por exemplo em troços de duas autoestradas, numa situação que considerou “muito complicada”. Há também várias zonas sem comunicações e eletricidade.
O Governo de Espanha criou uma comissão de crise para monitorizar os efeitos da tempestade na costa mediterrânica e o Rei Felipe VI disse estar a acompanhar “com grande preocupação as consequências devastadoras” das inundações.