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Assumindo-se como casa da poesia, não apenas da poesia camoniana mas também da mais recente e da que se está a fazer agora, a Casa-Memória de Camões em Constância organiza e acolhe uma Tertúlia de Poesia, reunindo poetas, leitores e outros amantes da poesia, certa da importância que a conversa e a partilha podem ter na valorização cultural das pessoas.

A Tertúlia de Poesia da Casa-Memória de Camões funciona mensalmente, na terceira quarta-feira do mês, na Casa-Memória (Rua da Barca, n.º 1, em Constância), das 21:30 às 23 horas.

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Cada sessão terá um tema, a definir na sessão anterior. A primeira será no dia 20 de novembro, dedicada a Constância e Camões, com breves intervenções iniciais de António Matias Coelho sobre a relação afetiva de Constância com Camões, de Ana Maria Dias sobre as referências na obra de Camões ao território de Constância e de Maria Paula Malheiro sobre a experiência na Escola de Constância da peça de teatro de que é co-autora Tomem Lá do Camões, seguindo-se a participação dos presentes.

A função da poesia é criar espanto e sobressalto, desassossego, emoção… e, também, comunhão.

A poesia implica uma imersão profunda na linguagem para quem a produz; e uma imersão total na leitura e na descodificação para quem a lê. Essa descodificação nunca é linear, tão pouco universal.

Quando agarramos num autor, num livro, num poema, numa obra literária ou outro elemento artístico, muitas interpretações se colocam à disponibilidade e contemplação de quem frui. Neste processo, que começa quase sempre com um ato individual de recolhimento silencioso, outros momentos igualmente férteis poderão surgir, através dos atos de partilha coletiva, de diálogo, de debate, de troca de ideias ou simplesmente de enunciação em voz alta do que pensamos e sentimos sobre o que lemos. Assim surgem os espaços de tertúlia e de partilha…

Como diria Millôr Fernandes, numa excelente definição, “a cultura é tudo o que amplia a nossa ignorância”. O desafio de ampliarmos coletivamente a nossa cultura, através de espaços de reflexão crítica, criativa e comprometida, pode ser um desafio muito aliciante e apetecível que nos permita também criar laços humanos mais fortes com a comunidade cultural que nos envolve.

Trata-se de uma atividade aberta, com entrada livre. O serão de 20 de novembro será o começo.

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