O proTEJO celebrará o Dia Mundial da Migração dos Peixes no próximo dia 24 de outubro. O evento conta com uma descida de canoa “8º Vogar contra a indiferença” e a concentração ibérica de cidadãos “Por Um Tejo Livre”, com o objetivo de defender um rio mais livre e com dinâmica fluvial para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas.
O “8º Vogar contra a indiferença” inicia-se pela manhã na aldeia avieira de Caneiras com a leitura da “Carta Contra a Indiferença”. O percurso em canoa segue com o intuito de oferecer uma experiência de comunhão com a beleza do património natural de um rio Tejo livre com dinâmica fluvial e do património cultural do rio Tejo associado à pesca tradicional no Município do Cartaxo e no Município de Santarém, em especial, as aldeias avieiras de Palhota e de Caneiras.
O Movimento pelo Tejo afirma que: “Este património natural e cultural do Tejo deve ser defendido pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens e pela exigência de uma regulamentação daqueles que já existem”
A descida de canoa conta com 50 lugares disponíveis em 25 embarcações e as inscrições encontram-se abertas até dia 18 de outubro. A cerimônia contará também com a participação de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes: “provando-se que a defesa dos rios ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.”
A Concentração Ibérica “Por Um Tejo Livre” decorrerá pela tarde na praia fluvial da Valada com a apresentação do memorando “Por Um Tejo Livre”, sobre a importância de preservação de um rio Tejo livre de açudes e barragens que será apresentado aos Grupos Parlamentares, à Comissão Parlamentar do Ambiente, ao Senhor Ministro do Ambiente e Ação Climática e à Senhora Ministra da Agricultura, e a partilha de testemunhos dos cidadãos, das associações e das comunidades presentes.
Vitoria Thomazini Pereira