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A região do Médio Tejo não ficará imune ao mau tempo provocado pela depressão Cláudia, que deverá afetar Portugal continental até ao final da semana. O fenómeno atmosférico, identificado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), traduz-se em precipitação persistente e por vezes forte, vento com rajadas que podem atingir os 90 km/h no litoral e os 110 km/h nas terras altas, além de trovoadas e agitação marítima com ondas de 4 a 4,5 metros.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta para a possibilidade de inundações em zonas urbanas, devido à acumulação de águas pluviais ou obstrução dos sistemas de escoamento, bem como para cheias em rios e ribeiras. Há também risco de instabilidade de vertentes, que pode originar deslizamentos e derrocadas, sobretudo em áreas afetadas por incêndios recentes.

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Medidas preventivas recomendadas

Entre as recomendações da Proteção Civil destacam-se:

  • Desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais e remoção de objetos que possam ser arrastados.
  • Fixação adequada de estruturas soltas, como andaimes, placards ou coberturas.
  • Cautela na circulação junto a áreas arborizadas, devido ao risco de queda de ramos e árvores.
  • Evitar deslocações na orla costeira e zonas ribeirinhas vulneráveis a galgamentos costeiros.
  • Condução defensiva, face ao piso escorregadio e à possível formação de lençóis de água.

Impacto já registado

Nos últimos dias, o mau tempo já provocou mais de mil ocorrências em Portugal, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, incluindo inundações, quedas de árvores e falhas de energia que afetaram cerca de 60 mil clientes da E-Redes. No Médio Tejo, foram registadas várias situações de menor gravidade, mas que mobilizaram bombeiros e serviços.

Com os avisos meteorológicos ativos até quinta-feira, 13 de novembro, a Proteção Civil reforça a necessidade de adotar comportamentos preventivos e acompanhar as atualizações do IPMA. A depressão Cláudia confirma-se como um dos fenómenos mais intensos deste outono, exigindo vigilância redobrada em todo o território.

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