Relativamente ao Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, a Proteção Civil alerta que, tendo em conta a precipitação que se tem sentido em Portugal, a mesma gerou um aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo e seus afluentes. Mantendo-se a situação atual, e apesar de uma redução dos caudais debitados, de acordo com a previsão meteorológica para a bacia do Tejo, prevê-se que os caudais lançados no Rio Tejo pelos seus afluentes se mantenham elevados nos próximos dias, existindo oscilações.
No rio Sorraia continua a verificar-se uma descida da altura hidrométrica na escala de Coruche, resultante da diminuição das descargas a montante. As barragens apresentam uma descida nos caudais debitados.
Efeitos Expectáveis
A situação meteorológica atual e a prevista pode originar a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas pela acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento a ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de cursos de água e ribeiras, a instabilização de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal e o arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas; • Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água. É espectável nas próximas horas, a manutenção dos níveis hidrométricos elevados na bacia do tejo.
Neste momento, apesar da melhoria da meteorologia, há várias vias e zonas afetadas. Nomeadamente a Passagem de Entre Águas, no Município de Golegã, a CM1 – Golegã – Quinta da Broa e CM 30 Golegã – Azinhaga estão com acessos reservados.
Já no concelho de Torres Novas, a Estrada Municipal 570 em Riachos está com constrangimentos e o mesmo acontece no concelho de Abrantes, na Estrada de canoagem, Alvega.
Em Constância, sempre fustigada por cheias, a E.M. Tramagal – St.ª Margarida está afetada e 60% parque de estacionamento do Município da Barquinha bem como o Cais e parque de estacionamento do castelo de Almourol.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a adoção das principais medidas preventivas para estas situações.
Retire, das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens, salvaguarde os animais em locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas inundáveis, não atravesse com viaturas ou a pé estradas ou zonas alagadas e mantenha-se informado através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos Agentes de Proteção Civil, desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens.
A Comissão Distrital de Proteção Civil reunida no dia 10 de março, colocou a região em nível amarelo. Os Comandos Sub-Regionais da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil em articulação com a APA, IP, EDP produção, Serviços Municipais de Proteção Civil e Agentes de Proteção Civil, continuarão a acompanhar a situação. De acordo com o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo serão emitidos comunicados sobre o evoluir da situação.