Apesar de acontecerem menos vezes, os incêndios tendem hoje a ser mais severos, destrutivos e difíceis de controlar. Isso deve-se à combinação de fatores como condições climatéricas adversas, secas persistentes, massas florestais fragilizadas e uma paisagem rural abandonada e sem gestão, o que os faz atingir proporções cada vez maiores e queimar mais área de uma só vez. Por outro lado, os investimentos em prevenção também diminuíram em 2023.

É o que avança o relatório ibérico sobre incêndios da Associação Natureza Portugal, anunciado em julho deste ano. Segundo o mesmo relatório, entre 2013 e 2022, a média do número de incêndios anual diminuiu 49% em comparação com a década anterior e que em 2023 não houve vítimas mortais.

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A Proteção Civil anunciou no dia 9 de agosto, que “de acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se a continuação de tempo quente e seco, destacando-se: − Aumento da temperatura, podendo as temperaturas máximas atingir valores próximos dos 40°C e, pontualmente, os 42ºC; − Humidade Relativa do Ar (HRA) inferior a 30%, com fraca recuperação noturna; − Vento fraco, mas a intensificar a partir do dia 12 (hoje); − Perigo de incêndio rural Muito Elevado a Máximo no interior Norte e Centro e no Algarve.”

A atual época de risco elevado de incêndio tem sido menos grave que noutros anos. Por exemplo, hoje, dia 12 de agosto, pelo meio dia, havia apenas dois incêndios no estado ‘Despacho de 1º Alerta’ ou no estado ‘Em Curso’, com 85 viaturas, cinco meios aéreos e 255 operacionais alocados, ambos no norte do país.

Já na Grécia, em que as condições climáticas e flora são muito semelhantes às portuguesas, há chamas de 25 metros, hospitais evacuados devido a Incêndio com chamas de 25 metros de altura na Grécia; cidades e hospitais evacuados devido a um incêndio florestal de rápida propagação, alimentado por ventos fortes, perto da capital Atenas esta segunda-feira, queimando árvores, casas e carros e obrigando à evacuação de hospitais e de pelo menos 11 cidades e aldeias, segundo as autoridades gregas.

A prevenção continua a ser a melhor forma de combater o flagelo dos incêndios e resta esperar que os incêndios deixem de ser a presença mais notada durante o verão nas televisões e nos jornais.

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