PUB

As fontes da vila de Constância e dos seus arredores poderão ter sido referidas na famosa Carta II de Camões, dirigida, como se crê, a um seu amigo, de Punhete (Constância):

«Entre as algumas novas que mandastes, vi que me gabáveis a vida rústica, como são: águas claras, árvores altas, sombrias, fontes que correm, aves que cantam e outras saudades de Bernardim Ribeiro(…)»

PUB

Esta Carta II, atribuída a Camões pelos eruditos, terá sido escrita pelo poeta em Lisboa, a um seu amigo…. de Punhete (Constância)? É o que pensam certos cultores camonianos. Um tema a desenvolver. A CMC deu à estampa esta carta II por ocasião do IV centenário da morte do poeta.

Deixo-vos aqui mais um testemunho do grande camonista e antigo Reitor da universidade Autónoma Luís de Camões, um amigo que já partiu e que tanto me motivou nesta área, o Doutor Justino Mendes de Almeida, sobre a autenticidade desta carta camoniana:

– carta do Reitor, de 31 de Julho de 2001, dirigida à minha pessoa: « (…)das duas primeiras (em que o professor inclui a carta II atribuída a Camões) há cópia quinhentista apógrafa, num códice da biblioteca municipal de Évora, inventariado pelo então Director da biblioteca, senhor Cunha Rivara, grande erudito,  hoje injustamente esquecido (Catálogo de manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, Lisboa, 1850)». Prossegue o antigo Reitor: «Se estas duas cartas não fossem autênticas, quem é que ainda no século XVI, as considerava como tais?».

José Luz (Constância)

PS – não uso o AOLP

PUB