Nos últimos quatro anos, mais de meia centena de crianças e jovens perderam a vida por afogamento em Portugal, revelando uma realidade preocupante que a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) tem vindo a combater há mais de duas décadas.
Desde 2001, a APSI promove anualmente a Campanha de Prevenção de Afogamentos de Crianças e Jovens. Nas últimas quatro edições, esta iniciativa conta com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR), que reforça o esforço de sensibilização junto das comunidades.
A campanha tem como principal objetivo alertar as famílias para o facto de que o afogamento infantil pode ocorrer de forma rápida, silenciosa e mesmo em pequenas quantidades de água. Por isso, são reiteradas as recomendações de segurança em locais como piscinas, tanques, praias, rios, barragens e quaisquer espaços com água, independentemente da sua dimensão.
Desde 16 de junho e até 30 de setembro, militares da GNR estão no terreno, tal como em anos anteriores, com ações de sensibilização direcionadas a famílias residentes e visitantes, apelando à adoção de comportamentos seguros para prevenir tragédias durante o verão.
De acordo com o mais recente relatório da APSI, que este ano inclui uma infografia explicativa, os dados são alarmantes: enquanto na década anterior a média anual de mortes por afogamento era de cerca de 9, atualmente esse número subiu para 14. Além disso, as chamadas para o 112 relacionadas com afogamentos e acidentes de mergulho têm vindo a aumentar.
A APSI espera que a divulgação destes dados contribua para uma maior consciencialização da sociedade e ajude a prevenir futuras perdas evitáveis.






















