
Bom Ano a todos os leitores.
Quero começar por realçar e dar os parabéns à equipa do EOL pelo novo layout, inovador, prático e uma lufada de ar fresco. Parabéns!
Entramos num novo Ano, 2019 é um ano peculiar para a nossa cidade e para o nosso país.
Creio que para a nossa cidade possa ser um ano de afirmação, ou de uma total desilusão e frustração, o leitor já pode estar a pensar que estou a tentar ser ambíguo para no fim do ano dizer que acertei, mas não é isso e passo desde já a explicar.
O ano de 2019 será um ano de inaugurações com alguma pompa e circunstância na nossa cidade, teremos o mercado diário renovado, com mais condições, temos também o nosso saudoso Cineteatro São João a ser renovado e inaugurado, algo que tanto diz à nossa cidade, às pessoas da nossa cidade. São duas grandes oportunidades, mas mais do que oportunidades, são duas expectativas que a nossa cidade tem, que as pessoas da nossa cidade têm.
As expectativas podem, se alcançadas ou superadas, ser um momento de exaltação da nossa cidade e de ser um ponto de viragem na nossa cidade, de captar pessoas para a nossa cidade de trazer mais visitantes à nossa cidade, mas caso a expectativas não sejam alcançadas, ai teremos uma sensação de fracasso e que a nossa cidade não terá volta a dar.
É assim 2019 um ano muito peculiar, é um ano em que vamos realmente ver se as sementes que têm sido lançadas irão dar um bom fruto ou não darão em nada.
Porém e tal como na agricultura, as sementes não podem ser lançadas num terreno sem estar tratado, nem num terreno que não seja regado e muito menos num terreno onde haja ervas daninhas.
E que terreno é a nossa cidade nestes dias? Vejamos o nosso mercado diário, algo que heroicamente se tem mantido vivo lado a lado com grandes superfícies, mas isso não basta, é preciso captar novos clientes, é preciso ganhar relevância regional, ganhar dimensão para poder captar não só clientes mas também mais comerciantes para ali transaccionarem as suas mercadorias.
E o Cineteatro? Qual será o programa que terá, para que tipo de público estará vocacionado? Terá uma direcção Artística, uma agenda relevante, será ele complementar à oferta regional, ou irá competir pelo mesmo público?
As inaugurações estão à porta, as datas estarão prestes a ser conhecidas, mas o que teremos?
2019, deveria ser o ano da nossa viragem, o ano onde o nosso mercado diário traria das terras vizinhas pessoas para fazer compras, usufruir de um belo repasto na nossa cidade, à tarde passearem pelo nosso comércio local e à noite usufruir de um espectáculo cultural relevante.
Eu é isto que espero de 2019 na nossa cidade, espero eu esperam muitos dos nossos cidadãos, os nossos comerciantes, os investidores que têm imobiliário à espera de empreendedores.
Se 2019 não trouxer tudo isto, as expectativas das pessoas que estão altas, mesmo que digam que não, vão ser goradas e ao acontecer, as pessoas irão ficar desiludidas e a nossa cidade permanecerá assim, amorfa e vazia de pessoas, comércio e vida.
Não basta as inaugurações é preciso ter um plano, um guião, uma estratégia. Vamos ou não ter isso, ou só umas inaugurações de circunstância para se poder cortar a fita à frente de uma máquina fotográfica dos mesmos jornalistas de sempre, a alcançar o público de sempre.
É preciso ter ambição, é preciso ter desejo de querer algo realmente diferente e captador de novos públicos e de novos visitantes para a nossa cidade.
A Palavra “take” vem da linguagem cinéfila, que significa algo como uma nova filmagem, o de gravar um excerto de um filme. O uso desse meu termo é mesmo isso, necessitamos de gravar de novo, de voltar a fazer o Entroncamento e 2019 pode ser um ano de uma mudança, estas duas reconstruções, juntamente com a restruturação dos bairros ferroviários, pode ser um bom presságio para uma mudança. Regravemos o Entroncamento, que o take 2019 seja o take e não apenas mais um take.
Bom ano de 2019.















