PUB

Luís Forinho, eleito pelo Chega e entretanto desvinculado do partido, usou uma t-shirt alusiva ao grupo 1143, grupo com declaradas posições racistas e neonazis, na mais recente reunião do executivo entroncamentense. O líder da autarquia decidiu mesmo suspender a transmissão da reunião alegando essa mesma presença e nas condições em que o fez. Antes, no seu canal do Youtube, o deputado independente fez questão de “avisar” que iria estar presente na reunião com a indumentária.

Agora, o presidente da Câmara do Entroncamento, Jorge Faria, decidiu fazer queixa no Ministério Público alegando que o deputado compareceu numa reunião pública do executivo espalhando propaganda neonazi.

PUB

O “Grupo 1143” liderado por Mário Machado e associado à extrema direita, tem tido um crescimento inusitado, tendo mesmo estado presente na manifestação do partido Chega no domingo, em Lisboa. A “provocação” de Luís Forinho levou Jorge Faria, na reunião do executivo, a dizer que “quando um membro do órgão executivo se apresenta a uma reunião camarária com uma t-shirt com propaganda a um grupo ultranacionalista e neonazi português, cujos ideais de incitamento ao ódio, racismo, violência e cujos atos já foram diversas vezes punidos criminalmente, porque atentatórios dos princípios basilares da nossa democracia e da dignidade do ser humano, entendo que não estão reunidas as condições para a transmissão ‘online’ desta reunião camarária”, declarou Jorge Faria durante a sessão, onde apresentou uma justificação para o fim da emissão.

O autarca já decidiu que vai apresentar queixa ao Ministério Público para que as entidades judiciais “possam fazer a avaliação e tomar decisões em conformidade”, acrescentando que “nós não podemos estar no espaço público a permitir que se façam publicidades, que se faça a promoção de ideologias neonazis ou de ideologias ultraconservadoras proibidas pela Constituição Portuguesa”.

PUB