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Movimento exige compromisso político para manter abolição que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2025

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da Região do Médio Tejo manifestou preocupação com a possibilidade de o Governo reintroduzir portagens na autoestrada A23, menos de um ano após a sua abolição. Em comunicado, o movimento cívico recorda que a luta pela eliminação das portagens durou mais de 13 anos e culminou na sua retirada a 1 de janeiro de 2025, data em que também deixaram de ser cobradas taxas nas A13, A22, A24, A25, A28 e troços da A4.

Apesar da medida, os pórticos de cobrança permanecem instalados, o que, segundo os utentes, levanta receios sobre uma eventual reversão da decisão. “Os pórticos não foram desmantelados, e os que nunca mexeram uma palha pela abolição continuam ativos — alguns até são candidatos às próximas eleições autárquicas”, lê-se no comunicado.

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A Comissão acusa o executivo de tomar decisões que não foram discutidas durante a campanha eleitoral de maio, e teme que a reposição das portagens possa surgir como moeda de troca no próximo Orçamento do Estado. Nesse sentido, lançou uma carta aberta aos candidatos autárquicos da região, desafiando-os a assumir publicamente a sua posição sobre o tema: “São a favor ou contra as portagens na A23 e na A13? Estão prontos a defender o desmantelamento dos pórticos?”

A abolição das portagens foi aprovada em 2024, após anos de reivindicações por parte de populações, autarcas e movimentos cívicos. A A23, inaugurada em 2003, esteve inicialmente isenta de cobrança, mas viu as portagens serem introduzidas em dezembro de 2011. Desde então, os utentes pagaram durante 13 anos para circular numa via considerada essencial para a mobilidade e coesão territorial.

A Comissão de Utentes garante que continuará a acompanhar o tema e promete mobilizar a população caso surja qualquer tentativa de reinstalar as portagens nas principais vias estruturantes do Médio Tejo.

Redação

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