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A albufeira de Castelo de Bode, localizada no rio Zêzere e integrada na bacia hidrográfica do Tejo, continua a registar níveis de armazenamento acima da média para esta altura do ano, mesmo após várias semanas sem precipitação significativa. De acordo com os dados mais recentes da Agência Portuguesa do Ambiente, o reservatório apresenta atualmente uma taxa de enchimento de 87%, apenas um ponto percentual abaixo da medição da semana anterior.

Este desempenho coloca Castelo de Bode entre as albufeiras com melhor capacidade de retenção de água na região, sendo superada apenas pela Bouçã, com 96%, e pela Apartadinha, com 88%. Em contraste, outras infraestruturas da mesma bacia enfrentam dificuldades: a albufeira da Póvoa regista apenas 47% de armazenamento, enquanto a de Minutos, essencial para rega agrícola, está nos 53%1.

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Com uma capacidade útil superior a 900 milhões de metros cúbicos, Castelo de Bode é uma das maiores albufeiras do país e desempenha um papel estratégico no abastecimento público, produção de energia hidroelétrica e defesa contra cheias. A sua gestão é assegurada pela EDP Produção, que monitoriza diariamente os níveis e descargas, especialmente em períodos de seca ou precipitação intensa.

A estabilidade atual é vista como positiva para o Médio Tejo, uma região que tem enfrentado fenómenos extremos com maior frequência, desde episódios de seca prolongada até chuvas torrenciais que exigem descargas controladas da barragem. A Proteção Civil acompanha regularmente a evolução da albufeira, sobretudo em momentos de maior pressão meteorológica.

Redação

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