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Os revisores da CP iniciaram esta segunda-feira, 3 de novembro, uma greve parcial nos comboios de longo curso, que se prolongará até 13 de novembro, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI). Em causa estão alegados incumprimentos laborais e problemas de segurança operacional, segundo o sindicato.

O SFRCI denuncia o não cumprimento integral do acordo assinado com a CP em julho de 2023, que previa a humanização das escalas de serviço dos revisores. Aponta ainda “questões graves de segurança”, como comboios com dimensões superiores às plataformas de embarque, sobrelotação das carruagens e deficiências na manutenção dos Intercidades, especialmente nas carruagens Arco, que considera incompatíveis com o restante material circulante.

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Em resposta, a CP – Comboios de Portugal emitiu um comunicado onde reconhece o direito à greve, mas lamenta os argumentos apresentados, que considera “não refletirem a realidade dos factos”. A empresa nega categoricamente qualquer risco para trabalhadores ou passageiros, garantindo que todas as intervenções de manutenção são realizadas segundo o Manual de Manutenção, por equipas competentes e empenhadas.

A CP afirma ainda que o acordo laboral está integralmente cumprido, com os ajustes reivindicados implementados em maio de 2025, e destaca o esforço contínuo de reforço de recursos humanos, com 28 operadores contratados este ano e mais 21 previstos para novembro.

A administração da CP reafirma o seu compromisso com a melhoria das condições de trabalho e a qualidade do serviço, mantendo-se disponível para o diálogo com todas as organizações sindicais.

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