O porta-voz do Livre, Rui Tavares, manifestou esta terça-feira, em Constância, o objetivo do partido de conquistar, pela primeira vez, um mandato no distrito de Santarém, retirando esse espaço à extrema-direita, a quem acusou de desvalorizar a política.
Durante a sua primeira visita a Santarém nesta campanha eleitoral, Tavares sublinhou a importância estratégica do distrito, que considera ser um ponto de viragem na política nacional, caracterizado por uma elevada mobilidade de votos.
Recordou que, nos anos 1980, Santarém foi um bastião do Partido Renovador Democrático (PRD), e destacou que o distrito tem tradição em acolher mudanças políticas — nem sempre positivas, como exemplificou com a ascensão da extrema-direita, que considerou uma “má novidade”.
Durante uma paragem na praia fluvial de Constância, onde começou por criticar a eventual construção de um açude no rio Zêzere, Rui Tavares criticou a extrema-direita, afirmando que os seus deputados prejudicam o nível do debate parlamentar e, em alguns casos, protagonizam comportamentos que descreveu como próprios de “delinquentes políticos”, ou até “delinquentes tout court”, referindo-se a casos ocorridos nesta legislatura.
Apelando ao voto no Livre, Tavares afirmou que o partido representa uma verdadeira alternativa com competência, estabilidade e propostas concretas. Destacou ainda o crescimento da força política em Santarém e a “candidatura forte” liderada por Natércia Rodrigues Lopes e Rui Simões, que considera trazerem valências técnicas nas áreas da ciência, governação local e gestão autárquica.
“Podemos garantir aos eleitores do distrito uma representação única na próxima legislatura”, afirmou.
Tavares, que seguiria ainda esta terça-feira para o distrito de Aveiro — onde o partido também pretende eleger — acredita numa votação expressiva e numa disputa real por um lugar em Santarém.
Nas últimas legislativas, realizadas a 10 de março de 2024, Santarém elegeu nove deputados: três do PS, três do PSD e três do Chega.
Texto e fotos: Ricardo Alves