A Assembleia Municipal do Entroncamento quer que Câmara elabore e execute urgentemente um plano de arborização do concelho, como medida fundamental de saúde pública.
Na recomendação aprovada pela Assembleia, mediante uma proposta da deputada municipal bloquista Maria do Céu Carvalho, a arborização deve ser entendida “como uma dimensão imprescindível e prioritária do planeamento urbano, de adequação das intervenções em vias e outras espaços públicos que incentivem a circulação pedonal e por meios suaves, abandonando o entendimento da arborização com funções essencialmente estéticas”.
Para a Assembleia Municipal, deve ser reconhecido “o papel fundamental da arborização na regularização microclimática, na proteção face a fenómenos de erosão, pelo aumento da permeabilização do solo, e de outros fenómenos intensos, como chuva e vento, e pelo efeito redutor da poluição atmosférica e sonora.”
Um estudo científico, publicado na revista The Lancet, demonstrou que o excesso de calor urbano foi a causa da morte prematura de 6700 pessoas, em 93 cidades europeias, incluindo Lisboa e Porto, nos meses de junho, julho e agosto de 2015.
Estas mortes terão sido causadas principalmente pelo aumento da temperatura urbana ao nível do solo, devido à radiação solar e à acumulação de gases com efeito de estufa na atmosfera.
De acordo com o Instituto de Saúde Global de Barcelona, “as altas temperaturas em ambientes urbanos estão associadas a resultados negativos na saúde, como insuficiência cardiorrespiratória, internamentos hospitalares e mortes. Um terço das mortes prematuras nas cidades europeias, em 2015, poderiam ter sido evitadas caso o número de árvores urbanas tivesse aumentado em 30%.”
A Assembleia Municipal do Entroncamento aprovou por unanimidade esta Recomendação à Câmara.
















