A Semana de Luta por melhores acessibilidades e transportes/mobilidade no distrito de Santarém, promovida pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – Musp /Distrito de Satarém e comissões de utentes locais e sectoriais, reclamou mais investimento e manutenção de infraestruturas e equipamento e campanhas de sensibilização para mais utilização de transportes públicos e segurança rodoviária, a partir de diversas iniciativas realizadas em vários concelhos, durante uma semana.

Em destaque, estiveram os buzinões (também com distribuição de documentos), em simultâneo, na quinta-feira, 13 abril, em cinco localidades atravessadas pela estrada nacional 118 (Benavente, Salvaterra, Almeirim, Alpiarça, Rossio Sul Tejo), em que foi exigida a requalificação e modernização daquela via.

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Ao longo destes cinco dias, em diferentes localidades, foram denunciados os problemas existentes, fruto da ausência de investimento e de manutenção, em outras estradas nacionais ou municipais: N119, N3, N114, IC2, N357. Também, em Torres Novas foi feita uma iniciativa sobre o mau estado de algumas rotundas e a necessidade de a construção de novas.

No plano das vias rodoviárias, foi feita a exigência da abolição das portagens na A23, na A13, na A15 e na A10, com tomadas de posição públicas e contactos institucionais das Comissões Utentes do Médio Tejo e da Comissão do Concelho de Tomar, esta focando especificamente o caso da A13. Também as travessias do Tejo não foram esquecidas, pois durante toda a semana continuou a recolha de assinaturas para a Petição pela Construção de Nova Ponte na Chamusca/Golegã e Conclusão do IC3 e, foi divulgado e distribuído um documento reivindicando nova Ponte de Constância.

Os utentes dos transportes rodoviários de passageiros, no Concelho de Santarém, confrontam-se hoje com a insuficiência da rede de carreiras na ligação entre a cidade e as zonas rurais; entre o transporte rodoviário e o transporte ferroviário; no funcionamento dos transportes urbanos, em todos os dias da semana e em todo o ano. Hoje, de manhã, utentes distribuíram um folheto à porta do Terminal, para reclamar melhores transportes.

O território do distrito de Santarém é atravessado por cinco linhas ferroviárias (Norte, Tomar, Leste, Beira Baixa e Vendas Novas), o que possibilitaria que o comboio fosse um meio de transporte de passageiros estruturante neste território.

Mas falta investimento para modernizar as infraestruturas e o material circulante. É precisa uma maior cadência de horários, estações e apeadeiros modernizados (foram feitas iniciativas específicas, e com documentos próprios, nas Estações do Entroncamento e Rossio ao Sul do Tejo, com muito boa aceitação por parte das centenas de utentes contactados, pois se defende a modernização das estações, requalificação dos espaços envolventes e articulação de horários com transportes rodoviários), traçados corrigidos para aumentar a velocidade dos comboios, novo material circulante.

Sendo a ferrovia um fator de coesão territorial, importa que a Linha do Leste, na ligação até à fronteira com Badajoz seja modernizada e eletrificada. No caso da Linha de Vendas Novas, é necessário repor o serviço de passageiros, até ao Setil, na ligação à Linha do Norte, com a natureza de serviço público.

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