Depois de um dia de grandes emoções que deixam ainda arrepios na pele, temos um dia pela frente que promete não ficar atrás daquilo que já aconteceu até agora. O fim-de-semana BONS SONS é preenchido de energia ao máximo desde cedo até às tantas da manhã.
SAB 10
14:00 Pequenas Espigas MPAGDP
14:45 Valente Maio Carlos Paredes
15:30 Jorge da Rocha Giacometti-INATEL
16:30 Rezas, Benzeduras e Outras Cantigas MPAGDP
17:30 Tiago Francisquinho Giacometti-INATEL
18:30 Baleia Baleia Baleia António Variações
19:30 Miramar Amália
20:45 Três Tristes Tigres Zeca Afonso
22:00 Stereossauro Lopes-Graça
23:15 Pop Dell’Arte Zeca Afonso
00:30 Tiago Bettencourt Lopes-Graça
01:45 Glockenwise + JP Simões António Variações
02:45 DJ Ride Aguardela
A primeira atuação do dia vem da parte do grupo coral infantil Pequenas Espigas que, no palco MPAGDP, vem demonstrar a forma como dominam o Cante Tradicional Alentejano, que tanto têm divulgado pelo país fora e até pelo estrangeiro.
Seguem-se Manuel Maio e José Valente, que juntos fazem Valente Maio, saltitando entre o clássico e o jazz e fazendo uso de um violino, uma viola de arco e vários pedais de efeitos. Pouco depois, o autodidata Jorge de Rocha faz ouvir a sua voz e o seu baixo a solo no Palco Giacometti – INATEL.
Rezas, Benzeduras e Outras Cantigas são formados por Vânia Couto e César Prata que, como bons cantores e multi-instrumentistas que são, fazem uso de vários instrumentos, objetos sonoros, pedais de loops e programação para criar um ambiente sonoro que cruza o mais ancestral e profundo da tradição com os instrumentos acústicos.
Às 17:30 sobe ao palco Giacometti – INATEL Tiago Fracisquinho, munido do seu didgeridoo, com o qual cria versões eletrónicas de música étnica e dance com uma rapidez impressionante.
De seguida, o BONS SONS recebe os Baleia Baleia Baleia, dupla que em 2018 lançou o seu primeiro disco homónimo e que agora nos vem apresentar as suas oito faixas de rock afiado e punk rock dançável.
Depois do concerto de ontem com os Lodo, Peixe atua novamente, desta vez com Frankie Chavez, com quem forma os Miramar. Os dois trazem ao palco o seu talento na guitarra e unem-se como se fossem um só.
Pode ser difícil de pronunciar mas é fácil de dançar ao som dos Três Tristes Tigres. Formados nos anos 90 e com o último disco lançado em 98, são conhecidos por muitos e estão prestes a lançar um novo trabalho em 2019. No BONS SONS, vêm exibir este novo fôlego que o grupo ganhou.
Às 22:00, o Palco Lopes-Graça recebe o DJ e produtor Stereossauro, em concerto com banda, para unir os universos do hip hop e a música portuguesa a que tanto está apegado.
Um grande destaque não podia deixar de ser o concerto dos Pop Dell’Arte no Palco Zeca Afonso às 23:15. Foram criados em 1985 por João Peste, já lançaram cinco discos de originais, a sua formação muda com frequência e são uma forte influência para muitos. Uma paragem obrigatória para qualquer visitante do festival este ano.
Pouco depois da meia-noite, Tiago Bettencourt invade o Palco Lopes-Graça. Começou com os Toranja em 2003 e hoje é um dos nomes mais conhecidos da nova música portuguesa e será um dos centros da atenção desta noite.
A noite de concertos termina no Palco António Variações com Glockenwise + JP Simões, juntando a banda de Barcelos, que no ano passado lançou o seu primeiro disco em português, com um dos grandes nomes do panorama musical nacional que esteve ligado a projetos como Pop Dell’Arte, Belle Chase Hotel e o Quinteto Tati.
A festa do dia 11 acaba com o campeão de scratch e amante de todo o tipo de música, DJ Ride, com o seu espetáculo Pixel Trasher e a sua componente visual que promete abalar o BONS SONS. Às 02:45 no palco Aguardela.
ATIVIDADES PARALELAS
O terceiro dia de BONS SONS comprova uma vez mais a riqueza do seu programa com uma série de atividades paralelas para aqueles que querem espairecer entre concertos.
As sessões de cinema são um exemplo disso. As duas sessões de curtas-metragens – Curtas em Flagrante acontecem no Auditório Agostinho da Silva às 15:00 e 17:00. Dois momentos que nascem da vontade de celebrar os dez anos do festival itinerante Curtas em Flagrante e de trazer o melhor cinema aos visitantes do BONS SONS.
Às 16:00, há mais uma história encenada Portuguesas Inesquecíveis, de Cláudia Gaiolas: “Leonor de Almeida, Marquesa de Alorna”, por Leonor Cabral.
Um momento que é único ao dia 10 de agosto é o debate Territórios e Interioridade que acontece às 18:00 em parceria com o projeto Fumaça. Uma conversa sobre o que pode ser feito para fortalecer a contemporaneidade no campo, com Rogério Roque Amaro (economista e professor no ISCTE) e Maria do Carmo Bica (engenheira agrícola, técnica da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Presidente da Cooperativa 3 Serras de Lafões).
O documentário sobre o BONS SONS – Uma Árvore no Largo, de Cátia Santos e Tomás Quitério – é exibido hoje, às 21:00, ao ar livre, no Palco Lopes-Graça.
As atividades para crianças e famílias continuam a ser uma aposta do BONS SONS e as propostas para todas as idades não são poucas e incluem a divertida Oficina de Percussão Corporal, para crianças dos 6 aos 12 anos.