“Só é Poeta o homem que possui a faculdade
de ver os seres espirituais
que vivem e brincam em torno dele…”
Homero – citado por Frederico Nietzsche
In: “A Origem da Tragédia”
SER POETA
Ser Poeta é uma bênção!
É um maravilhoso dom!
Ser Poeta é estar na incessante
busca do tom,
e do mágico engenho
do complexo xadrez
da harmonia das palavras!
É o cuidar constante
da “seara”,
que lhe é cara!
É ser-lhe inteiramente devotado.
Sem enfado!
Com Amor!
Como o sábio Agricultor
faz com suas lavras!
Ser Poeta é ser irreverente!
“Inconveniente”!
Por vezes cáustico!
É ser aquele que tudo diz,
sem medo de nada.
É ter talento e mestria,
e a guerreira ousadia,
de contestar
a exploração desenfreada!
Ser Poeta é estar vigilante.
Constantemente…
É estar atento aos desmandos
dos que governam por nós!
É ter a força e a coragem
de fazer passar a mensagem
dos humildes:
daqueles que não têm voz!
Ser Poeta é ser alimento
De músicos…
De cantores…
de presumidos oradores (!)
É ser inconformado…
Magoado…
E que da generalidade
destoa,
mas arrebata paixões!…
É ser aquele
que nem sempre levam a sério?!
Mas,
por devoção à Nação,
ajuda a dilatar a Fé e o Império (…)
Como Pessoa!
Como Camões!
Praia da barragem de Montargil – 21 de Março de 2000
– Dia da Poesia –
Autor: Alfredo Martins Guedes




















