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Hoje, dia 19 de julho, o Centro Cultural do Entroncamento encheu-se de apoiantes e dirigentes do Partido Socialista para a apresentação oficial da candidatura às eleições autárquicas. Com uma sala repleta e um ambiente marcado pela emoção, foi apresentada uma equipa que aposta numa nova geração de políticas públicas, com forte ambição de renovação para o concelho

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Perante o olhar atento de Hugo Costa, presidente da Federação Distrital Socialista e Marcos Prestrelo, em representação do secretariado nacional do partido, coube ao presidente da Concelhia do PS no Entroncamento, Ricardo Antunes, abrir o evento com um discurso entusiasmado, agradecendo a presença dos presentes e destacando o empenho coletivo que culminou na candidatura. Sublinhou que o Entroncamento “quer mais e quer melhor” e que as pessoas que integram o projeto são “sérias, com provas dadas e comprometidas com o bem comum”. Referiu ainda os candidatos às juntas de freguesia, Carlos Alfaia (São João Baptista) e Manuel Martins (Nossa Senhora de Fátima), bem como o conhecido empresário Ricardo Cunha, CEO da TCEL, que se candidata à Assembleia Municipal, como exemplos de figuras “humanas e profundamente ligadas ao território”.

Ricardo Antunes, Presidente da Concelhia e n.º 2 na lista à Câmara

Ricardo Cunha, Candidato à Assembleia Municipal

O ponto alto da noite foi o discurso de Mário Balsa, professor e candidato à Câmara Municipal, que apresentou um plano estratégico abrangente e centrado na melhoria da qualidade de vida. Prometeu criar o Portal da Transparência e reforçar o combate à criminalidade, sem descurar a valorização dos contributos individuais e coletivos da comunidade, independentemente da sua origem. Destacou também o potencial económico da cidade, referindo que o Entroncamento alberga “dois dos maiores operadores de contentores do mundo, MSC e Maersk, e possui excelentes ligações rodoviárias e ferroviárias que devem ser capitalizadas para atrair empresas exportadoras e criar emprego qualificado”. Sublinhou que “é preciso sair do gabinete e ir atrás das empresas”, assumindo uma postura proativa na captação de investimento.

Manuel Martins com a sua equipa

Carlos Alfaia

O comércio local também mereceu destaque, com o anúncio do Conselho Municipal para a Economia, Comércio e Indústria, um plano de regeneração do espaço público e o resgate da identidade comercial da cidade. Balsa defendeu que o Entroncamento pode voltar a ser uma referência comercial da região, dinamizando o centro urbano com a colaboração dos comerciantes e das associações locais.

Na área da educação e cultura, Mário Balsa comprometeu-se com a modernização do parque escolar, criação de zonas de convívio juvenil e novos espaços verdes, reforço na recolha de resíduos e melhoria da circulação rodoviária. Prometeu implementar um plano cultural sólido, integrando infraestruturas como o Museu Nacional Ferroviário, o bairro do Boneco, a nova biblioteca municipal, o Cineteatro São João, o Centro Cultural e futuros espaços museológicos, sob o conceito de Bairro Cultural.

A solidariedade e o associativismo foram igualmente destacados como pilares fundamentais da comunidade, com o candidato a prometer uma relação mais próxima e cooperante com as instituições sociais e culturais do concelho.

“Dizer que os imigrantes são um problema é um erro estratégico”

Em entrevista ao EntroncamentoOnline, Mário Balsa reforçou que o projeto socialista surgiu de meses de escuta ativa junto da população. “As listas que apresentámos refletem a abertura e representatividade da comunidade. Só assim é que faz sentido construir um Entroncamento que vá ao encontro do que a população anseia”, afirmou. Quanto ao slogan “Uma nova geração”, explicou que se trata de uma renovação no pensamento, nas ideias e nos protagonistas, não de uma questão de idade.

Sobre temas como a imigração e segurança, Balsa foi claro: “Dizer que os imigrantes são um problema é um erro estratégico. O que temos é um desafio na área da criminalidade — e essa será combatida com firmeza.” Acrescentou que há imigrantes que promovem a economia local e que a discussão deve centrar-se nos comportamentos, e não em nacionalidades.

Em relação à criação de uma Polícia Municipal, revelou que já decorrem estudos técnicos e financeiros para a sua implementação, esclarecendo que embora não seja uma solução imediata, “é uma necessidade real e uma resposta eficaz à gestão do trânsito, fiscalização e novas competências atribuídas às autarquias”.

Mário Balsa concluiu com um apelo à mobilização: “O Entroncamento já tem qualidade de vida, mas pode — e deve — ambicionar a melhor. Uma comunidade em que vale mesmo a pena viver.”

Texto e fotos: Ricardo Alves

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