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Entroncamento, uma cidade para as pessoas. Já dizia tal gente há uns meses atrás. Mas uma rápida pesquisa pelas redes sociais ou um pouco de convivência na cidade mostra que a realidade é outra. Há vários dias que a zona norte parece em estado de sítio, os petardos e os foguetes são a toda a hora, os relatos de alguns serem lançados contra automóveis ecoam nas redes sociais. Ecos esses que têm vindo a enfraquecer, até nas redes sociais os entroncamentenses têm medo de falar, sei por conhecimento de pessoas já ameaçadas. Passei na zona “VIP” no dia 31 à tarde e já havia festejos com foguetes e pouco distanciamento social, mas o vírus não deve atacar por cá. A inquietação é cada vez maior. Assim do nada alguém foi assaltado, parece que o assaltante recorreu a uma faca, algo inédito por cá. Ou não. Entre promessas de uma esquadra, que tarda, e sinceramente nem devia ser preocupação, pois uma PSP que não tem carro para responder a uma ocorrência, não precisa de uma esquadra. Ou então façamos a nova esquadra nas instalações do pingo doce, agentes lá não faltam. Podemos também entregar à GNR que se calhar ficávamos mais bem servidos. A cidade que deveria ser para as pessoas tem vindo a ser conquistada por quem se “alimenta” de pessoas. A autoridade passa ao lado e o poder local pinta de rosa. Poder esse que foi decidido pela abstenção nas últimas eleições, não se entendendo se por falta de confiança na política ou falta de vontade de sair de casa. No fim da pirâmide estão as pessoas que vêem o seu pesadelo tornar-se cada vez maior.

JF

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