Apelo!
Aos filhos da terra, naturais e por adopção!
Aquando da trasladação da paróquia em 1822, El Rei D. João VI, no documento régio publicado no Diário do Governo, não mudou o título da igreja de Nossa Senhora dos Mártires.
Desde a sua fundação que a nossa igreja tem esta invocação de Santa Maria a qual se perde na profundeza dos tempos. Já em 1550 o Bispo da Guarda se lhe referia como Ermida em ruínas. Era, portanto, ancestral. A velha capela deu nome ao Chão dos Mártires ou vice-versa? À feira dos Mártires? Não sabemos.
O povo sempre reconheceu esta invocação mariana, desde tempos imemoriais.
Ninguém pode actuar por conta própria e medida nesta matéria.
Quer o código de direito canónico anterior (1917) quer o actual (1983) não permitem que se mude o título de um templo após ter sido devidamente atribuído. Nem se podem ignorar costumes imemoriais, propondo para padroeiro da igreja, São Julião, só porque é o orago da paróquia para aqui trasladada em 1822.
Mudar a invocação de um templo de uma comunidade católica, sem sequer a mesma ser ouvida, ainda por mais contra o direito da própria Igreja, não é admissível. É escândalo. Desafia a fé do nosso povo. Não vale tudo.
O erro por ignorância ou consciente tem o devido tratamento no direito.
Não é disso que se trata em primeira mão.
O problema é mesmo de escândalo!
Tirar a invocação da Mãe de Deus ao nosso templo é negar toda a fé Mariana existencial de antanho que fez crescer esta terra mercê de milagres atribuídos a Nossa Senhora dos Mártires o que, reitero nos valeu algumas bulas papais, de indulgências. Razões que levaram/contribuiram para a elevação da terra a vila e para a autonomia do concelho. É lerem as bulas e a carta régia de Dom Sebastião. Este monarca fundou a Confraria de Nossa Senhora dos Mártires.
Constância não pode consentir nesta afronta.
A decisão da Direcção Geral do Património Cultural secundada e apoiada pela informação de 05-03-2013 do pároco à data, não oferece dúvidas: a nossa igreja agora intitula-se de “São Julião”.
Onde estão os filhos da terra?
Vamos ou não defender a correcção do despacho da DGPC sobre a classificação da nossa igreja, na parte concernente ao título/nome da igreja? Segundo a Concordata, a Igreja é livre para actuar na sua esfera própria. Não compete ao Estado aprovar padroeiros de igrejas… Nem compete aos párocos mudar ou propor mudanças de padroeiros pois o código é taxativo.
Não há no vosso coração uma chama que clama pela invocação de Nossa Senhora dos Mártires? A padroeira agora destituída da nossa igreja?
Que vergonha para a nossa comunidade católica!
É escandaloso!
Tirar Nossa Senhora de padroeira da igreja?
Foi o que fizeram!
Vamos reverter a situação!.
Fé é o que nos falta!
Mantêm a invocação de Nossa Senhora dos Mártires apenas no altar-capela do Santíssimo (anterior Cristo Rei). É querer fazer entrar pela janela o que não cabe na porta. A primitiva capela de Nossa Senhora dos Mártires do Chão da Feira foi demolida em 1550 e com os seus materiais construiu-se outra no local da actual matriz. Pouco depois essa capela (que tinha alpendre segundo registros recuperados pelo cronista Joaquim Coimbra) deu lugar à que está integrada na actual igreja ficando a igreja nova iniciada no século XVII, com a denominação originária. É um só templo!
Leiam o testemunho do padre Ribeiro Guimarães Drake.
Quem tiver dúvidas sobre a alteração ilegítima do nome da igreja, pode ler aqui a informação:
Não podemos aceitar a nova tese oficiosa de que, apesar do despacho da DGPC, Nossa Senhora dos Mártires continuará a ser para nós a padroeira. Não somos cristãos pela metade. Somo-lo de corpo inteiro. A pandemia ter-nos-á tolhido o espírito e a iniciativa? Seremos frouxos na defesa do que é justo, sensato e de direito? Como fica a devoção a Nossa Senhora?
Valeu-nos pelos séculos e agora, descarta-se? O padre Ramiro referia um milagre duma paralítica atribuído a Nossa Senhora dos Mártires, o qual teria estado na origem do aumento exponencial da romaria ao seu templo na nossa terra, o que atraiu a atenção do próprio Papa que emitiu mais do que uma Bula. A nossa igreja ficou então unida directamente à Basílica de São João de Latrão, sede do Bispo de Roma. Desde pequeno que me foi transmitido isto. São coisas que nenhum padre ou político pode remover da nossa consciência. A força da fé é mais forte. A fé move montanhas!
José Luz (Constância)
PS- não uso o dito AOLP.















