O Termas Óquei Clube de Viseu que disputa o Campeonato Nacional da 3ª Divisão de Hóquei em Patins com o União Futebol Entroncamento, inscreveu o atleta do União Futebol Entroncamento, Pedro Mendes, que se transferiu este ano do Sporting Clube de Tomar para o clube do Entroncamento.
Segundo o comunicado emitido esta quinta-feira pela Direção do UFE, tudo terá começado com a deslocação do UFE no dia 24 de novembro ao Recinto do Termas Óquei Clube de Viseu, jogo para o qual o Pedro Mendes não foi convocado tendo manifestado o seu descontentamento através de sms enviado ao treinador, onde terá anunciado que não iria manter o compromisso com o clube até ao fim.
Segundo o comunicado do UFE, no acordo de transferência foi “apresentado pelo atleta a impossibilidade de vir a todos os treinos devido a estar a estudar em Viseu”, afirmando ainda que foi “inclusive acertado que durante a semana realizaria um treino no HC Viseu”.
A Direção do clube já reuniu com o atleta tendo-lhe sido transmitido que não iria “assinar a desvinculação”, e que “não era prática do clube quebrar compromissos assumidos em plena consciência”.
A Direção do UFE anuncia no comunicado que “na defesa dos superiores interesses do clube e da sua equipa sénior, manter a sua posição e apresentar uma exposição à FPP e ao seu Conselho de Disciplina, uma vez que o jogador foi inscrito pelo Termas Óquei Clube sem a devida autorização de desvinculação”.
COMUNICADO
Face à exposição pública realizada por uma das partes envolvidas num diferendo interno entre o atleta sénior Pedro Mendes e o União Futebol Entroncamento, vem a direção realizar o seguinte comunicado:
1- Aquando da constituição do plantel sénior para a presente época e por indicação do nosso treinador, foi realizado um convite para que o atleta em questão fizesse parte da equipa.
2- Depois de realizado o convite juntaram-se ambas as partes para dar conhecimento das condições em que se iria desenvolver a época, onde foi apresentado pelo atleta a impossibilidade de vir a todos os treinos devido a estar a estudar em Viseu.
3- Ambas as partes aceitaram as condições apresentadas, tendo plena consciência tanto o clube como o atleta das limitações de presenças aos treinos por parte do mesmo. Foi inclusive acertado que durante a semana realizaria um treino no HC Viseu, facto que veio a acontecer, para compensar a ausência e para manter a forma.
4- Até à data da realização do jogo da 6ª jornada do Campeonato Nacional, em que o União se deslocou ao Termas Óquei Clube, nunca existiu por parte do atleta nenhuma conversa ou descontentamento demonstrado a treinador, delegados ou dirigentes do clube. O atleta foi bem recebido no clube, no balneário e integrou-se com bastante facilidade, facto que o mesmo também reconhece.
5- Para a deslocação ao Termas Óquei Clube no dia 24 de Novembro, o treinador entendeu, por opção técnica, não convocar o atleta para esse jogo, facto que originou um descontentamento do mesmo e o envio de um sms ao treinador e ao coordenador técnico a demonstrar a sua insatisfação e a dizer que não ia levar o compromisso com o clube até ao fim.
6- Após essa mensagem, foi solicitado pelo coordenador técnico ao atleta que na próxima sexta feira, dia 29 de Novembro que era quando chegava a sua casa, para se conversar, tentar perceber o que se passava e resolver o desentendimento.
7- No dia antes do combinado, 28 de Novembro, esta Direção recebe um mail por parte do Termas Óquei Clube a comunicar que tinha estado a falar com o nosso atleta Pedro Mendes para integrar a sua equipa e que o mesmo tinha mostrado interesse, com o fundamento de falta de tempo para treinar. Comunica também que envia pelo jogador o formulário de desvinculação para que a situação possa ser resolvida e a transferência concluída.
8- No dia e hora combinada o atleta compareceu para a conversa com o coordenador e os dois vice presidentes do clube e fazia-se acompanhar do formulário de desvinculação. Procurou o clube perceber o que se passava e tentou chamar à razão o atleta, mas o mesmo mostrou-se irredutível e de ideia fixa, não se conseguindo resolver o desentendimento. O mesmo alega discordância das opções tomadas pelo treinador e falta de empenho por parte dos seus companheiros de equipa, para pôr fim ao compromisso assumido no início da época.
9- No final da conversa, foi transmitido ao atleta pela direção do clube, que não iria assinar a desvinculação, que não concordava com a maneira como a situação foi tratada e, à imagem de situações anteriores noutras modalidades, não era prática do clube quebrar compromissos assumidos em plena consciência.
10- Não pode em plena consciência e honestidade esta direção concordar com os argumentos utilizados, na forma como todo este processo foi conduzido por parte do atleta e por parte de um clube que participa no mesmo campeonato, na mesma série e com o mesmo objetivo. Mostra uma total falta de respeito para com o clube e as pessoas que o representam e faz com que a frase de um célebre treinador de futebol uma vez disse se torne muito real “o fair play é uma treta”.
11- A presente época foi planeada com um objetivo bem definido, onde todos os elementos que constituíam o plantel são de extrema importância para o alcançar das metas propostas. O abandono de um atleta em quem o clube acreditava e apostou, leva ao défice de opções da equipa técnica com claros prejuízos para a restante época desportiva, facto que deixa o clube numa posição pouco confortável perante os seus patrocinadores e nas apostas que foram feitas pelos mesmos.
12- Após este dia, os pais do atleta procuraram descredibilizar esta direção e o clube, expondo toda a situação em praça pública e relatando factos que não são verdadeiros. Utilizaram inclusive o nome de outro clube, onde a mãe do atleta exerce funções, como arma de arremesso e de represálias futuras caso a situação não fosse resolvida. Existiu uma pressão constante, ameaças verbais telefonicamente à presidente deste clube e um comportamento que podemos classificar no mínimo deplorável por parte das pessoas que deviam ter chegado à fala com os responsáveis deste clube primeiro antes de partir para as ameaças, agressões verbais e demostrando um total desprezo por uma Associação com 93 anos de idade. “Quero, posso e mando”.
13- Chegou a ser utilizado como argumento o facto do atleta, devido a estudar em Viseu, ficar mais perto do novo clube para poder ir treinar com mais regularidade, argumento esse que caí por terra quando esta direção tem conhecimento que houve contactos realizados por parte dos pais do atleta com clubes da nossa zona antes do aparecimento do Termas Óquei Clube, com a agravante de utilizarem também o nome de outro atleta do nosso plantel.
14- Por tudo isto e por estar na posse de todos os documentos que provam os factos aqui apresentados, vai esta direção, na defesa dos superiores interesses do clube e da sua equipa sénior, manter a sua posição e apresentar uma exposição à FPP e ao seu Concelho de Disciplina, uma vez que o atleta foi inscrito pelo Termas Óquei Clube sem a devida autorização de desvinculação.
15- Por último deixar uma palavra de orgulho e de apresso a toda a equipa técnica e jogadores da nossa equipa sénior, pela forma como se tem apresentado em campo, sabendo representar as cores unionistas ao mais alto nível, apesar de toda esta turbulência e falta de respeito para com o seu trabalho e dedicação. A UNIÃO FAZ A FORÇA.















