
paulacarloto@entroncamentoonline.pt
Há décadas que assistimos ao investimento permanente na modernização da linha do Norte, a verdadeira espinha dorsal da rede ferroviária nacional, onde passam diariamente quase metade dos comboios de passageiros e mais de 90% dos comboios de mercadorias do país.
Por variadíssimas razões, algumas das quais de difícil compreensão pretende-se agora construir uma nova linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa, com um traçado completamente novo, consubstanciando um investimento na ordem dos 4.900 milhões de Euros, previsto realizar até 2030.
Ora com uma nova linha ferroviária entre o Porto e Lisboa, como a prevista, que privilegia Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia, a questão que se coloca é a de saber para que lugar na história remetemos a nossa cidade ferroviária e a já velha esperança de uma nova estação de caminhos de ferro.
Por outro lado, e não menos importante, foi agora iniciado o grande estudo sobre a futura localização do novo aeroporto. Que sentido faz avançar com um novo traçado ferroviário sem a localização definitiva do aeroporto?
Não se devia esperar pela identificação concreta da localização do aeroporto para avançar com um traçado novo para o TGV?
Admitindo que pode ser Santarém, por exemplo, que erro histórico estamos a cometer ao desarticular um sistema de transportes e de eventuais ligações intermodais?
Estamos no Ano Novo e como sempre disseram os antigos “Enquanto há vida há esperança”.
Vamos ver quem é o senhor que se segue e que ideias tem para o Entroncamento, para o País e para a gestão dos dinheiros públicos.
Entroncamento 2 de janeiro de 2023




















