O teletrabalho veio para ficar em tempo pandémico sem que na sua aplicação fossem dispostos pelos poderes Central e Local as condições ambientais necessárias para um bom desempenho dos trabalhadores naquela situação. E porque o trabalho exige mais ou menos concentração para o seu bom desempenho o ruído manifestou-se desde logo como o maior inimigo do trabalhador. Pela minha parte concluo que não existem condições para o efeito em áreas geográficas situadas em zonas de moradias e/ou mesmo em apartamentos. Não deixa de ser impressionante como é que a posse de animais de companhia, essencialmente cães, é facilitada na raia do absurdo sem que os donos sejam obrigados a terem competências para a sua posse e manutenção. Viver em zona de moradias está perto de vivência próxima de um qualquer canil com animais a ladrar constantemente. Lógico que ninguém consegue, seja no aspecto laboral, social ou de saúde, ter ambiente e sossego para o que quer que seja, muito menos para teletrabalho. No estado actual chegou-se ao ponto do absurdo na permissividade de certas situações apenas pelo facto de ser moda ou permitirem-se certas situações e comportamentos desfasados de todo e qualquer bom senso por “pessoas” que vivem e se comportam à margem do social e da sã convivência. Por outro lado nota-se cada vez mais o afastamento politicamente correcto das autoridades locais na gestão de situações na fronteira da legalidade por forma manterem-se longe dos “aborrecimentos” para os quais se deveriam preocupar com vista ao bem-estar social dos munícipes.
João Ramos















