On a construction site, mason is in the process of erecting a wall aerated concrete blocks

Residentes da zona de expansão do Bairro da Moita do Norte, em Vila Nova da Barquinha, manifestaram publicamente o seu descontentamento com as obras em curso nos blocos 8 e 9, acusando a autarquia de falta de informação e de intervir em terrenos que alegadamente não lhe pertencem.

Segundo um comunicado enviado à redação do jornal O Mirante, os moradores afirmam não ter recebido qualquer aviso prévio ou comunicação formal sobre o início dos trabalhos, e denunciam que o projeto disponibilizado pela câmara “não corresponde ao processo atual”. A intervenção inclui, segundo os residentes, alterações nas escadas de acesso ao prédio e a construção de uma rampa, sem que os condóminos tenham sido informados sobre os impactos nas suas propriedades.

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Os queixosos referem ainda que enviaram uma carta formal à autarquia a solicitar esclarecimentos técnicos, mas que até ao momento não obtiveram resposta. Lamentam o que consideram ser “abuso, falta de comunicação e de transparência” por parte do município.

Contactada por O Mirante, a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha rejeita as acusações e garante que se trata de uma intervenção em espaço público, propriedade da autarquia, devidamente publicitada no âmbito do projeto 1.º Direito. A obra inclui a requalificação de frações habitacionais nos blocos 8 e 9, bem como a transformação de antigas lojas em habitação com ligação direta ao espaço público. A autarquia acrescenta que está a ser colocado um portão à revelia, situação que será alvo de vistoria técnica.

Apesar de reconhecerem a importância da criação de habitação em espaços anteriormente encerrados, os moradores criticam a forma como o processo tem sido conduzido, considerando-a “desrespeitosa para com os restantes condóminos”, num edifício onde a própria câmara também detém responsabilidades.

Notícia originalmente publicada por O Mirante.

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