No dia 6 de Maio comemorou-se o aniversário da fundação da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Constância. Sobre a história da fundação já escrevi em tempos no extinto jornal “Gazeta do Tejo”. Desta vez permito-me acrescentar aos registos da associação, uma das histórias orais que ainda consegui recolher durante a minha juventude. Que este nonagésimo aniversário seja assim enriquecido com este testemunho dos velhos da vila.

Certo dia houve um incêndio no lagar do Nateiro do Meira. E os homens lá foram com a bomba manual. Só que esta pesava muito e a ladeira a seguir a Santana era muito íngreme, havendo do lado esquerdo uma grande cova ( local dos actuais Paços do Concelho). Ora, os homens disseram “trava” para o que ia a dirigir, ele descuidou-se e destravou, e lá foram todos parar ao fundo da cova. No meio da confusão ouvia-se dizer: “tragam a luz, tragam a luz”. Mas que luz? Não havia nada na altura. Lá foi então a vizinha Celeste com o gasómetro da bicicleta do João Nogueira e a mãe das Fonsecas com uma candeia.

Ouvi esta historia à minha tia-avó Zulmira da Luz, às Fonsecas e a Augusto Alves Soares.
O “quartel” destes “bombeiros ” era num edifício onde funciona actualmente o cabeleireiro (antiga loja do Ercílio). Quanto à bomba manual? Seria semelhante à da foto.
José Luz (antigo presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Constância).
PS- não uso o dito AOLP















