A Federação Minha Terra, que representa as associações de desenvolvimento local em Portugal, manifestou forte preocupação com a redução significativa dos apoios destinados aos Grupos de Ação Local (GAL). Segundo a federação, os instrumentos de financiamento do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) passam de cerca de 340 milhões para apenas 150 milhões de euros, uma diminuição sem precedentes.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da federação, Miguel Torres, sublinhou que este corte “compromete a capacidade de resposta e põe em causa décadas de trabalho de proximidade nos territórios rurais”. O responsável defendeu a urgência de reforçar estes instrumentos, essenciais para apoiar comunidades de baixa densidade e promover a coesão territorial.

O alerta foi lançado no âmbito do 3.º Fórum das Freguesias do Ribatejo Norte – Comunidades Sustentáveis, realizado no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, onde participaram autarcas, técnicos e representantes de várias entidades. O encontro serviu também para partilhar projetos e boas práticas, reforçando a importância da cooperação regional.
A Federação Minha Terra integra atualmente dezenas de GAL espalhados pelo país, que têm sido responsáveis pela implementação de projetos de desenvolvimento rural e comunitário, apoiando iniciativas locais em áreas como agricultura, turismo, cultura e energia renovável.
Com este corte, a federação alerta para o risco de descontinuidade de projetos e para o impacto negativo na capacidade de resposta às necessidades das populações, num momento em que os territórios rurais enfrentam desafios acrescidos de despovoamento e envelhecimento.
Fotos: CMVNB




















