Foto C Dionísio
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No feriado comemorativo da “Restauração da Independência”, ao final da tarde no Cine Teatro S.João da cidade, Manuel Fernandes Vicente, jornalista do “Público” e do “EOL” e professor de Matemática na Escola Dr Ruy de Andrade , durante três décadas, apresentou o  seu novo livro “A Tentação do Mar”- Perante uma mesa composta por altas individualidades, Para além do autor do livro , a autora do prefácio, professora Lurdes Pires Marques, registamos a presença de Jorge Faria Presidenta da Câmara, José  Ventura e Mª José Ventura, amigos e professores de história e António Matias Coelho.

A Tentação do Mar, um volume que se estende por quase 600 páginas e que integra algumas dezenas de fotografias com que o mar se refrata na costa portuguesa, mostra a história e o futuro, mas também a diversidade enorme e o contraste de formas com Portugal continua a estabelecer a sua relação oceânica. Disso dá conta a forma como o autor organizou a distribuição dos temas que aglutinam os diversos textos. E assim surgem os capítulos relativos às Fainas, Finisterras, Geossítios, Heranças, Missões e outros, onde também se integram histórias de vida de pessoas, que por distintas razões, têm algo de nobre e mais ou menos pessoal para contar, algo que também os torna como mareantes da saga lusíada.

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Escreve Lurdes Pires Marques no seu prefácio à obra: “O autor observa para compreender e leva o tempo que for preciso para perceber as relações entre espaços e pessoas, para perceber a simbiose natureza – espaço/gentes e, tal como o templo integra a dimensão da salvação, também esse caminhar deste viajante, que dá estas páginas mágicas, tem também uma dimensão salvífica – é um trabalho de preservação da memória”. E pouco depois: “E este é um caso sério de escrita: elegante, rica e variada de sintaxe e vocabulário, polvilhada de recursos estilísticos, testemunhando a beleza da nossa língua. De certa maneira a escrita de Manuel Fernandes Vicente é de intervenção, uma espécie de grito contra a escrita telegráfica, pobre que, certamente diminuirá o raciocínio, o que terá custos irreparáveis no futuro”.

 

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