“Estamos todos em fila de espera para a morte”. É este o título com que Maria Joana Almeida se estreia no mundo da escrita, em especial da prosa poética.
A escritora nasceu em Lisboa, tem as suas raízes em Viseu e de há 14 anos a esta parte encontrou no Entroncamento um dos pilares da sua vida. É professora de Educação Especial, mãe de duas filhas e casada com Mário Balsa, professor de português, deputado municipal e ex Chefe de Gabinete da Câmara Municipal do Entroncamento.
A apresentação deste seu primeiro livro decorreu no Museu Nacional Ferroviário, este sábado, dia 3 de dezembro.
Numa sala repleta de amigos, a apresentação deste tratado de amor, de título forte, começou com um momento musical sob a batuta de Ricardo Costa.
Seguidamente tomou a palavra o editor do livro, José Carneiro, que surpreendeu a plateia anunciando que para fevereiro está já previsto o lançamento do próximo título da autora.
João Couvaneiro, professor universitário e autarca, apresentou então a sua visão da obra. “Este é um livro sobre a dor da orfandade, sobre a eterna necessidade de colo, sobre as palmas silenciosas que não estão na plateia, mas dentro do próprio peito. Este livro é sobre o silêncio eterno e a ausência”.
A sessão terminou com o discurso emocionado da escritora e a tradicional sessão de autógrafos.
“Quando o livro foi editado pensei se faria eco nos outros, sendo um livro tão pessoal. Muitas são as pessoas que me têm enviado os poemas que mais gostam. Nas apresentações, o Mário Augusto e o Luís Osório selecionaram poemas diferentes para ler. E esta dimensão é uma prosa muito bonita. A Joana são várias pessoas e Várias pessoas também são a Joana num determinado tempo cronológico.” Maria Joana Almeida