No próximo dia 19 de maio, realizar-se-ão as eleições para escolher os elementos docentes e não docentes que irão integrar o novo Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento.
Embora o universo de votantes conheça, de uma maneira geral, as atribuições e responsabilidades daquele Conselho, não será despiciendo lembrar que os elementos eleitos terão a responsabilidade acrescida de se assumirem como representantes do quadro a que pertencem – docente e não docente – do Agrupamento e, face a essa inevitável circunstância, serem portadores de uma mensagem de absoluta confiança daqueles que representam.
Nos dias que correm, todos conhecemos as situações de absoluto constrangimento que muitos professores experimentam, no decurso da sua profissão.
Submetidos a um sistema de avaliação que, no seu todo, é um atentado à sua motivação, pela carência de reconhecimento nas suas ações de educar, os professores anseiam por instâncias que lhes reconheçam, inequivocamente, todo o esforço desenvolvido, em prol do enriquecimento cognitivo, entre outros, dos seus alunos e que garantam que os únicos fatores que contribuem para a sua avaliação é o mérito de cada um e não fatores laterais que não salvaguardam a ordem natural da competência de cada um.
Não faz qualquer sentido que, por preconceito, existam professores que recusem, liminarmente, a existência da excelência, no professorado.
Para além dos danos psicológicos que esse preconceito pode causar nos professores que se sentem merecedores da excelência e que, por via de princípios redutores dos negacionistas da excelência, podem ser prejudicados, na forma como a comunidade escolar os identifica, faz, ainda, menos sentido que os referidos negacionistas da excelência possam vir a ser eleitos para integrar um Conselho cuja importância, para a imagem dos professores é, inevitavelmente, crucial.
O mais sensato seria que quem não acredita na excelência dos seus pares, admitindo, nele próprio, a impossibilidade da excelência, declinasse a integração em qualquer lista de um órgão que se propõe a eleições.
Igualmente, sensato será que quem vota saiba, antecipadamente, com quem pode contar para salvaguardar o seu grau de competência. Muitas vezes, por ações diretas ou indiretas, é neste Conselho que a carreira de um professor é definida, no tempo, em termos de progressão.
É uma votação interna, sem dúvida. É importante votar, claro que sim. Faça um favor a si mesmo, saiba em quem vota.
Francisco José Pereira Gonçalves















