Dois elementos da corporação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha ficaram feridos, sem gravidade, na noite de 19 de agosto, enquanto combatiam o incêndio na região de Silvares, no concelho do Fundão, numa frente que se estendia desde Arganil até Castelo Branco.

O acidente ocorreu quando os bombeiros posicionavam os meios para iniciar mais uma fase de combate às chamas. Segundo Jorge Gama, comandante da corporação, “numa picada com algum grau de inclinação, algo se desprendeu no carro, o que fez com que o veículo começasse a recuar desgovernadamente, acabando por embater numa pedra e em árvores, com os cinco elementos ainda no interior”.

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Apesar da violência do impacto, o veículo não capotou. Do incidente resultaram dois feridos ligeiros: um bombeiro foi assistido no local com queixas numa perna, enquanto uma bombeira foi transportada ao Hospital da Covilhã, tendo regressado a casa após exames, com indicação médica para repouso absoluto devido a dores lombares.

O grupo fazia parte de um reforço solicitado pelo Comando Sub-regional do Médio Tejo e já tinha estado em combate noutras frentes do mesmo incêndio. Todos os elementos regressaram entretanto a casa.

O comandante Jorge Gama alertou ainda para a intensidade dos incêndios que têm assolado o país, referindo que “com estas alterações climáticas, os incêndios estão a tomar proporções dantescas em curto espaço de tempo. O seu comportamento é extremo”. Sublinhou também que “os bombeiros, como sempre, estão na última linha. Quando tudo falha, têm que avançar os bombeiros”.

Este incidente junta-se a outros que têm marcado o verão de 2025, num ano em que os fogos florestais têm exigido uma resposta robusta e contínua das corporações de todo o país.

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