Para este mês de novembro, o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, em Constância, escolheu o Galheteiro como Peça do mês para estar em destaque numa das suas salas.

O Galheteiro, feito a partir de um conjunto de chifres destinava-se ao transporte do azeite e vinagre, fazendo parte dos farnéis dos pastores e dos trabalhadores agrícolas, quando iam trabalhar para o campo ou para as pastagens.

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Os chifres (cornos, chavelhos ou hastes) eram trabalhados pelos pastores para fazerem de recipientes, utilizando os cornos dos bois de trabalho, que apresentavam maiores dimensões e que eram abatidos para consumo nas herdades ou conduzidos aos matadouros das localidades para abate.

Para ser trabalhado, o chifre era mergulhado em água a ferver, a fim de ser mais fácil de cortar com a navalha. Depois de chegar ao tamanho pretendido, o chifre era escavado ou gravado com a navalha, mas sempre em quente. Depois de arrefecer naturalmente, o chifre recuperava a dureza primitiva.

O Galheteiro em destaque na Peça do mês, é constituído por um conjunto que tem um chifre maior, o qual, provavelmente, levaria o azeite e o menor o vinagre. Ambos têm a abertura vedada por uma tampa de madeira fixada por tachas de latão, com uma espécie de rolha decorada, presa ao corno por uma tira de cabedal.

Com vista a facilitar o transporte, unia-os uma corrente de metal presa a uma argola que existia em cada chifre.

A Peça do mês está exposta numa das salas do museu, onde pode ser apreciada e a sua divulgação é efetuada através das páginas de Facebook do Museu dos Rios e das Artes Marítimas e do Município de Constância.

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