Recebemos do Partido Chega do Entroncamento a denúncia da entrada de uma arma na Escola Básica do Bonito, em comunicado emitido este sábado que transcrevemos na íntegra:

“No passado dia 30 de outubro, na Escola Básica do Bonito, uma criança de etnia cigana fez-se acompanhar de uma arma, expondo-a a outras crianças de forma intimidatória.

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Esta prática de ações e comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos contra outros colegas, é claramente um comportamento abusivo que advém da falta de crescimento e desenvolvimento cerebral promovido pelo abandono relacional dos pais.

A falta de envolvimento relacional dos pais com os filhos, a dificuldade de dizer “não”, de colocar limites e regras, e também a dificuldade em afirmar a sua autoridade alimentam esta lacuna mental e impedem o desenvolvimento cerebral que não acontece apenas pelo passar do tempo.

Sem envolvimento dos adultos, estes jovens são abandonados na construção da sua identidade e da sua personalidade que degeneram em comportamentos antissociais.

A não-intervenção nestas situações geram um ambiente de angústia e medo na escola que afeta emocionalmente e fisicamente as crianças expostas.

As vítimas podem ter como consequências imediatas desinteresse pela escola, diminuição do desempenho escolar, isolamento, tristeza, insegurança, ataques de ansiedade, dificuldades em dormir, indiretamente os professores começam a ter mais dificuldade para obter a atenção dos alunos, prejudicando o desenvolvimento das aulas.

O sentimento de impunidade por parte destas famílias é grande e daí não sentirem necessidade de mudança.

A dimensão da gravidade do assunto remete para a necessidade urgente de intervenção junto da escola, criança e família.

É imperativo a atuação das entidades competentes no desenvolvimento de ações conjuntas e estruturadas no apoio a estas famílias, nomeadamente:

– Responsabilizando-as pelas suas práticas, mas ao mesmo tempo possibilitar mecanismos de apoio à parentalidade;

– Combater a exclusão, a desigualdade e a discriminação;

– Dotar as equipas técnicas intervenientes de dispositivos permanentes de supervisão, que combatam preconceitos ideológicos e contribuam para uma intervenção mais eficaz.

Importa recordar alguns Direitos da Declaração Universal dos Direitos das Crianças:

– Direito à igualdade, sem distinção de raça, etnia, religião ou nacionalidade;

– Ser protegida no seu desenvolvimento físico e mental, moral, espiritual e social;

– Receber educação;

– Ter amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso da sua personalidade;

– Ser protegida contra qualquer tipo de abandono, crueldade e exploração.

As crianças são o futuro e a educação é a fonte transformadora do futuro, deste modo, compete a todos nós promover as medidas necessárias para lhes garantirmos um desenvolvimento socio-emocional saudável durante a infância.

Uma simples denúncia pode fazer toda a diferença.

Não vamos ser mais cúmplices da irresponsabilidade de outros”.

 

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