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No âmbito da Semana da Ascensão, o Município da Chamusca inaugurou esta segunda-feira a exposição “Raízes Comuns”, na Oficina Colaborativa. A mostra pode ser visitada até domingo, 01 de junho, nos dias úteis das 19h às 21h, e no fim de semana, das 16h às 21h.

Mais do que uma exposição, “Raízes Comuns” é uma celebração da identidade local, da criatividade coletiva e da força transformadora da arte. Criada por mãos que vivem e sentem o território, esta mostra reúne o trabalho conjunto dos alunos da RUSCha – Rede de Universidades Seniores do Concelho da Chamusca e do projeto Ocup’arte, um programa ocupacional que apoia pessoas com perturbação de saúde mental.

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A ideia da exposição nasceu de um momento profundamente inspirador: no último ano, no âmbito dos projetos de intervenção social promovidos pelo Município da Chamusca, os alunos da RUSCha visitaram diversos museus, entre os quais o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, onde tiveram oportunidade de ver uma exposição da conceituada artista Joana Vasconcelos. O impacto emocional e artístico dessa visita foi tão marcante que, a partir daí, surgiu o desafio: “e se também nós criássemos uma obra que traduzisse o que sentimos por esta terra?”

Foi assim que começou um processo criativo colaborativo, desenvolvido ao longo de meses, com técnicos e alunos a explorarem diferentes técnicas artísticas já trabalhadas em contexto formativo. O projeto evoluiu de forma orgânica, até se consolidar no conceito da exposição e na curadoria das obras.

Em destaque está a “Árvore das Memórias”, uma peça central inspirada na obra de Joana Vasconcelos. Tal como a artista portuguesa, também esta criação desafia a tradição e convoca a emoção, celebrando as ligações humanas, a memória e as raízes partilhadas. Feita de contributos individuais, esta árvore é símbolo de união, identidade e pertença.

Cada obra exposta é o reflexo de uma história, de um talento, de uma emoção. “Raízes Comuns” é, acima de tudo, uma exposição de afetos, onde se valoriza o que muitas vezes passa despercebido: o potencial de cada pessoa, independentemente das suas vulnerabilidades. Aqui, todos têm lugar, voz e expressão.

O Município da Chamusca acredita que a arte é uma poderosa ferramenta de inclusão e transformação social. Projetos como este revelam talentos escondidos, despertam paixões adormecidas e reforçam o sentido de comunidade. Ao partilhar estas obras com o público, promove-se também uma mudança de olhar sobre os grupos mais vulneráveis — mostrando que são fonte de criação, de valor e de inspiração.

Esta iniciativa insere-se no compromisso continuado da autarquia com a inovação social, área na qual o Município da Chamusca se tem destacado a nível nacional.

“Raízes Comuns” é a expressão visível de um percurso construído com dedicação, colaboração e esperança. Reflete a força de uma comunidade que valoriza as suas origens e encontra na arte um meio de afirmação e reinvenção. Cada obra traduz um gesto coletivo, uma memória partilhada, um território vivido. A exposição materializa a capacidade transformadora da criação artística quando colocada ao serviço do bem comum, tornando-se um testemunho autêntico da identidade local e do poder da inclusão.

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