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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento (AHBVE) divulgou esta semana um comunicado oficial em forma de direito de resposta, reagindo a declarações proferidas por Fernando Barbosa, antigo comandante da corporação, numa entrevista publicada pelo jornal Expresso no rescaldo das eleições autárquicas de 12 de outubro.

Na entrevista, Fernando Barbosa — que se apresentou como tendo liderado os bombeiros durante três décadas — criticou o estado atual da corporação, afirmando que “deixou lá 156 homens, seis profissionais” e que “agora têm 36, todos pagos, e a maior parte deles nem sabe pegar numa agulheta”.

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O atual comandante da AHBVE, Francisco Barbosa, refuta estas afirmações, considerando-as “caluniosas” e “descontextualizadas”, e esclarece que Fernando Barbosa não foi comandante durante 30 anos, mas sim em dois períodos distintos: um breve na década de 1970 e outro entre 1997 e 2002, tendo saído antes de completar a comissão de cinco anos. Desde então, não voltou a integrar o corpo ativo da instituição.

“É preocupante que alguém que representa uma força política recém-eleita na Junta de Freguesia de São João Batista profira declarações que colocam em causa o profissionalismo e a dedicação dos nossos operacionais”, lê-se no comunicado.

O comandante sublinha que o corpo atual conta com 45 operacionais, dos quais 31 são profissionais, assegurando uma resposta permanente, 24 horas por dia, sete dias por semana. Destaca ainda que todos os bombeiros voluntários cumprem escalas noturnas de forma não remunerada, e que há 15 novas candidaturas para a próxima recruta, prevista para novembro.

A AHBVE relembra que os bombeiros do Entroncamento estiveram envolvidos em múltiplos incêndios florestais durante o verão de 2025, em locais como Ponte da Barca, Vila Real, Piódão, Nisa, Castelo de Vide, Figueiró dos Vinhos, Aljezur e Covilhã, sem comprometer a operacionalidade local.

“Os nossos bombeiros têm formação certificada em todas as áreas e continuam a servir com rigor e dedicação, independentemente da força política que esteja à frente do executivo municipal”, reforça o comandante.

O comunicado termina com um apelo à responsabilidade institucional e à reposição da verdade, não excluindo a possibilidade de recorrer às instâncias legais caso se repitam declarações que coloquem em causa o bom nome da corporação.

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