A Comissão Coordenadora Concelhia do BE-Entroncamento emitiu um comunicado que transcrevemos na íntegra em que rejeita voltar à austeridade

“Rejeitemos voltar à página da austeridade

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Os rendimentos de quem trabalha e vive de um salário, ou de quem trabalhou e vive de uma reforma, estão a ser brutalmente reduzidos. O que recebemos todos os meses vale cada vez menos, perante a galopante subida dos preços, em especial dos produtos de primeira necessidade. os serviços básicos como a energia elétrica vão tendo aumentos sem fim à vista

Atualmente, 2,2 milhões de portugueses (22,4% da população) já vivem abaixo do limiar de pobreza. Apesar disso, o governo quer impor aumentos salariais de 2%, muito abaixo da inflação. Como a inflação prevista é de 7,4% para este ano, em apenas 2 anos quem trabalha perderá cerca de 8% dos rendimentos, o equivalente a mais de um mês de salário.

Aos reformados o governo quer impor de forma dissimulada cortes nas pensões de reforma a partir de 2024, usando como isco o pagamento de um adiantamento em outubro deste ano. Uma aldrabice. O governo PS recusa-se mesmo, a cumprir a lei que determina a atualização dos rendimentos dos trabalhadores. Como a inflação é alta, António Costa em vez de aumentar proporcionalmente as reformas, cumprindo a Lei, agora diz que a Lei é que tem de ser mudada. Há apenas 2 meses, Costa dizia o contrário: “as leis existem para ser cumpridas”.

É o regresso à página da austeridade, antes aplicada com zelo e insensibilidade social pelo governo PSD/CDS. Ainda por cima, os mais atingidos são quem tem salários ou pensões de reforma mais baixos. Só muda a conversa, a embrulhar umas quantas medidas paliativas.

As “justificações” para a imposição da nova agenda de austeridade sobre quem trabalha ou trabalhou são, agora, a guerra na Ucrânia e a inflação importada. Antes era o Covid. E mais atrás, um outro pretexto qualquer.

Entretanto, há quem esteja a ganhar. No primeiro semestre os lucros das maiores empresas nacionais já iam em 75% dos auferidos no ano passado. As petrolíferas aumentam brutalmente os lucros. O próprio Estado estima um aumento de 10 mil milhões de euros na receita fiscal deste ano. Daqui, apenas uma pequena parte sobra para apoios sociais.

O BE-Entroncamento está solidário com os trabalhadores e reformados do nosso concelho, em especial com os de menores rendimentos, vítimas da política austeritária do governo PS.

Este brutal ataque só pela força da luta social será derrotado. O Bloco de Esquerda apela à mobilização contra as medidas do governo PS — por justiça social, com aumentos de salários e de reformas que garantam a manutenção do poder de compra.”

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