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O balanço da 10.ª edição do Festival de Gastronomia do Maranho da Sertã é notoriamente positivo. A organização acaba de revelar que cerca 45 mil pessoas passaram pelo recinto, ao longo dos quatro dias em que se realizou o certame, batendo um recorde de público.

A Alameda da Carvalha, na Sertã, foi o palco principal do festival que proporcionou inúmeras atividades potenciadoras da região e dos produtores locais, onde o Maranho da Sertã foi reconhecido como uma iguaria única e distintiva.

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Um dos momentos altos do festival foi a cerimónia de entrega do Certificado de Indicação Geográfica Protegida (IGP), atribuído pela Comissão Europeia. O momento solene contou com a presença da representante da Comissão Europeia, Sofia Moreira de Sousa, da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, do presidente da Câmara Municipal da Sertã, Carlos Miranda, entre outras figuras políticas de relevo nacional e regional.

Numa ocasião tão importante para a região e naturalmente para o espólio gastronómico nacional, o autarca fez questão de destacar o importante papel dos produtores locais na obtenção deste certificado: “Esta distinção é inteiramente merecida pela Sertã. Há uma ligação muito profunda entre a população e o seu Maranho. O município, os empresários e os produtores têm investido neste produto de forma inquestionável, que é neste momento o porta-estandarte da região”, concluiu Carlos Miranda.

No total, estiveram presentes mais de 130 stands que promoveram a região de forma exemplar, com diferentes ofertas para os visitantes, desde instituições do concelho da Sertã e de municípios convidados, até stands promocionais de empresas regionais, de áreas tão distintas como indústria, artesanato ou até mesmo responsabilidade social.

A gastronomia foi naturalmente um ponto forte, com stands de produtos alimentares, muita doçaria da região, com destaque para os Cartuchos de Amêndoa, diversas tasquinhas com iguarias tradicionais; enchidos, queijos e azeite produzidos na região e, naturalmente, muito Maranho.

As dez freguesias do concelho também tiveram um papel fundamental no decorrer de todo o festival, dispondo de um palco especialmente criado para as suas iniciativas e workshops criativos, de forma a promover o melhor de cada território. No mesmo palco estiveram ainda presentes dois conhecidos chefs da região, que realizaram showcookings tendo como foco a confeção do Maranho de forma diferenciadora – os chefs André Ribeiro e Tiago Antunes.

As atividades culturais e familiares foram muitas e os músicos locais também não foram esquecidos. Estiveram presentes mais de 20 artistas de várias categorias musicais, desde pop a jazz, assim como ranchos folclóricos e filarmónicas. David Carreira e os GNR foram os cabeças de cartaz das duas principais noites deste certame, que certamente ajudaram a levar ainda mais turistas à vila da Sertã.

O presidente da Câmara Municipal da Sertã, Carlos Miranda, volta a reforçar o sucesso na realização do evento: “Batemos todos os recordes nesta décima edição do Festival de Gastronomia do Maranho da Sertã e as nossas expetativas, que já eram bastante elevadas, foram totalmente superadas. Tivemos uma afluência absolutamente extraordinária e os expositores ficaram muito satisfeitos com a presença no festival, não apenas porque tiveram ali uma importante montra para os seus produtos e marcas, mas também pelas vendas alcançadas”.

O evento especialmente dedicado à gastronomia decorreu de 14 a 17 de julho, na Alameda da Carvalha, na Sertã, tendo ainda o envolvimento de vários restaurantes locais, parceiros da iniciativa, espalhados um pouco por todo o município. O Festival de Gastronomia do Maranho da Sertã tem sido uma atratividade turística para a região, que se prevê que continue a crescer nos próximos anos. Os produtores e artistas locais têm especial destaque no festival, que pretende ser uma montra para o melhor que se faz, promovendo a arte, os costumes e tradições, os saberes e saberes da região.

Uma das iguarias mais típicas da Sertã, o Maranho é caracterizado como um ensacado fresco, com séculos de tradição. Este consiste na mistura de vários tipos de carnes, especialmente carne de cabra, cuja criação é bastante frequente na região. As carnes são depois apertadas e envolvidas no bucho da cabra, conhecido como bandouga, juntamente com arroz, especiarias e a conhecida hortelã que lhe dá o toque e aroma tão característico.  Um dos segredos da confeção e atributos deste prato é a frescura da hortelã, que se verifica sobretudo nos meses mais quentes e, razão pela qual o festival decorre em julho. Esta planta aromática e a qualidade da mesma faz toda a diferença no resultado final deste petisco regional. O Maranho da Sertã é uma iguaria local recentemente distinguida com o Certificado de Indicação Geográfica Protegida (IGP), atribuído pela Comissão Europeia.

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