António Costa tem dito sempre que nunca negociará com o Chega.
André Ventura tem dito sempre que não há acordos entre o Chega e o PS.
Então como é que no Entroncamento, teoricamente sem negociações nem acordos, os dois partidos estão a governar juntos a cidade?
Há muito tempo que não via, tão expressamente, passar um atestado de menoridade e desinteligência ao Povo português.
Temos observado atentamente como tem evoluído esta relação paritária entre o PS e o Chega.
O que é certo, é que todas as questões relevantes para a cidade têm sido propostas pelo PS e viabilizadas pelo Chega.
Num cenário onde existem três vereadores do PS (que detém a Presidência), três vereadores do PSD e um do Chega, a simples abstenção deste último viabiliza que o PS governe e aprove, com o voto de qualidade do Presidente, todas as questões essenciais para a Governação do Município. Assim aconteceu com a viabilização de mais um vereador socialista a tempo inteiro e a passagem de todas as delegações de competência possíveis para o Presidente.
Agora, já sem qualquer pudor, o vereador do Chega, assumindo publicamente que não tinha analisado o documento, votou expressamente a favor do Orçamento 2022.
Então PS e Chega têm as mesmas opções estratégicas para a cidade do Entroncamento?
Aguardamos os próximos capítulos deste relacionamento que, não sendo uma geringonça, é sem dúvida uma traquitana.
Eleitos do PSD na autarquia do Entroncamento