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A SCAFA, Cooperativa de Consumo dos Ferroviários e Aderentes, CRL, existe no Entroncamento desde 1913. É hoje um exemplo de resistência e de vivência dos ideais cooperativos, continuando a ter como prioridade a envolvência das pessoas, incentivando-as a participar não só a social, mas também de cidadania.

As principais atividades da SCAFA são a exploração do Bar e do Supermercado e ainda as receitas resultantes das rendas dos espaços alugados e da venda de jogos Santa Casa, fontes de receita extraordinária.

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Apesar da situação de pandemia que ainda vivemos, e da qual ainda não se sabe quando sairemos, a SCAFA não deixa de assinalar a data com a tradicional oferta do café e bolo de aniversário aos clientes do Café e do Supermercado e ainda com uma pequena exposição sob o lema Sem Memória não há Futuro.

Mário Eugénio, Presidente da Direção da SCAFA, falou ao EOL.

EOL | Porquê, Sem Memória não há Futuro?

Mário Eugénio | Como é sabido, a SCAFA é uma Cooperativa de Consumo centenária – comemora este ano, no dia 17 de novembro, o seu 108º aniversário – e uma Cooperativa que, apesar das enormes dificuldades por que passam as Cooperativas, consideramos que tem futuro. Mas ajuda a ter futura a memória que tivermos do seu passado.

Contribuiu também para esta ideia, o facto de a Cooperativa possuir um considerável espólio, sobretudo documental, mas também ao nível de objetos usados ao longo da sua história.

EOL |E daí terem concebido esta pequena, mas bonita exposição no café e no supermercado…

Mário Eugénio | Sim. Na verdade, há algum tempo que vínhamos tendo vontade de mostrar aos cooperantes, clientes e população em geral, alguns documentos e objetos do Café e da Loja que fazem parte do nosso espólio.

EOL | Mas há também expostas peças pertencentes ao Museu Nacional Ferroviário…

Mário Eugénio | Sim. Quando pensámos nesta exposição, pensámos logo na ligação da SCAFA aos ferroviários. Na verdade, a SCAFA é uma Sociedade Cooperativa de Ferroviários e Aderentes, fazendo, portanto, todo o sentido contactar a Fundação Museu Nacional Ferroviário no sentido de sensibilizar a sua Direcção para a importância de se associar a esta iniciativa. E isso foi aceite, de imediato, pelo que foi fácil o empréstimo de duas peças interessantes para poderem estar expostas durante esta semana comemorativa.

EOL | Então fale-nos das peças expostas…

Mário Eugénio | Ora bem, no Café temos uma belíssima máquina de café de saco, ainda em bom estado, que foi utilizada por nós durante muitos anos, até à década 70 do século passado; temos também uma cópia de um documento, cujo original possuímos e é datado de 18 de novembro de 1921, portanto com 100 anos, e ainda uma marcadora de bilhetes, a funcionar plenamente, e que faz parte do espólio do Museu Nacional Ferroviário.

No Supermercado temos exposta uma balança de mercearia, usada me mercearia da SCAFA e, depois, no Supermercado até ao início deste século; tal como no Café, temos uma cópia de um documento, cujo original possuímos e é de 1924, portanto com quase 100 anos, e ainda um carrinho bagageiro, usado sobretudo nas estações ferroviárias para transporte de bagagens dos passageiros, a funcionar plenamente, e que faz também parte do espólio do Museu Nacional Ferroviário.

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