É nos momentos mais difíceis que temos de ter uma liderança forte, solidária e direcionada para a resolução dos problemas e encontro de soluções ágeis, que nos permitam apoiar e ajudar a população nas mais diversas áreas. É o que, desde o início desta pandemia, temos vindo a fazer diariamente e iremos continuar.
Também nós, Câmaras, tivemos de nos adaptar ao atual contexto que a Covid-19 fez emergir, e trabalhar ainda mais, e em várias frentes, para responder às necessidades de todos os munícipes.
Sabemos igualmente que com esta crise muitas empresas, instituições e famílias viram os seus rendimentos diminuírem drasticamente, encontrando-se numa situação de profunda carência e dificuldades. O pensamento de quem, como eu, tem a responsabilidade de gerir um município, num momento como este, centra-se exclusivamente em responder e atuar com a máxima celeridade na implementação de medidas efetivas de apoio a quem mais precisa, sejam famílias, empresas, IPSS, instituições de saúde e segurança…
Mas mais do que apregoar as medidas que já implementámos e vamos continuar a executar, e acreditem que foram muitas e com um grande impacto financeiro, gostaria de destacar a forma positiva como a nossa sociedade respondeu a este desafio tão adverso, aumentado ainda mais o compromisso e dever de quem foi eleito para cargos públicos.
Esta sim, é a principal lição que todos levamos desta pandemia, a solidariedade, o sacrifico e o empenho, que homens e mulheres, por todo o país, têm demonstrado ao longos destes duros dias. E não falo apenas de quem continuou a trabalhar diariamente, de forma incansável, para manter o nosso concelho e o nosso país a funcionar, falo igualmente de quem acedeu e ficou em casa para garantir a sua segurança e a dos “vizinhos”. Falo de si.
Bem sei que as saudades são muitas, de nos sentirmos livres, de estarmos com quem mais gostamos, de não sentir medo, medo da doença e medo da doença económica.
Mas é agora altura, de nos prepararmos para ganhar um pouco da liberdade perdida. É por isso dever dos Municípios planear esta retoma, que sabemos que será lenta, à vida do que antes era a “nossa normalidade”.
Apoiar na aquisição de equipamentos de proteção individual, de produtos de limpeza e desinfeção, comparticipação dos testes COVID, por exemplo a instituições que tenham necessidade de adquirir e que estejam fora dos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde, desinfestação constante dos espaços públicos, criação de campanhas de sensibilização e de linhas de apoio à população, manutenção dos apoios económicos e sociais à população, como isenções de tarifas e taxas municipais variadas, reforço dos Serviços de Ação Social às famílias carenciadas, entre muitas outras formas de contribuir para que os munícipes entrem no pós estado de emergência o mais tranquilos e confiantes possíveis.
Por fim, deixo uma mensagem de força, coragem e esperança. Não podemos desperdiçar todo o esforço feito até agora, muito pelo contrário. Agora é tempo de sermos ainda mais cautelosos nos nossos comportamentos, e mostrarmos que também somos capazes de respeitar o virá depois do dia 2 de maio.
FALTA POUCO. POR SI, PELA SUA FAMÍLIA, FIQUE EM CASA.
Paulo Queimado
Presidente da Câmara Municipal da Chamusca