O país está dividido quanto às medidas para conter a propagação do covid-19. Enquanto uns acatam religiosamente o conselho para não saírem de casa e não conviverem socialmente, outros fazem questão em continuar a fazer a sua vida normalmente, convivendo socialmente e cumprimentando os amigos.
No Entroncamento a reportagem do EOL confrontou-se na manhã deste domingo, com duas cidades diferentes em cada uma das freguesias. Se em São João Baptista praticamente não havia ninguém na rua, a não ser à porta do Pingo Doce, mas diga-se em abono da verdade que tal já acontece sem ameaças de vírus, na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima a manhã de domingo era mais “igual aos outros”, com pessoas a praticar desporto e nas esplanadas, e os supermercados Lidl e E.Leclerc cheios de clientes às compras.
Um ciclista passou por uma amiga a correr e bateram com a mão um no outro, num cumprimento normal.
Falámos com algumas pessoas na rua, que referiram considerar exageradas as medidas para permanecer em casa e manifestaram intenção em “continuar a fazer a vida normal, que faziam antes”, preferindo não serem identificadas.
Pelo contrário os que ficam em casa e defendem as medidas de quarentena, manifestam-se nas redes sociais e consideram criminosa a atitude de quem continua a sair de casa e a socializar-se em espaços públicos.
Entretanto o Governo tomou medidas adicionais ao início da tarde deste domingo em conferência de imprensa do Ministro da Administração Interna a anunciar a proibição do consumo de bebidas alcoólicas na via pública fora das esplanadas e que estas têm de reduzir a capacidade em pelo menos um terço do habitual.
Eduardo Cabrita, pediu ainda aos portugueses para não saírem de casa, a não ser por necessidade absoluta.