Ontem foi dia de BONS SONS esgotado. Esgotado de público e com emoções ao rubro. Até agora três dias intensos de música, cinema, performances e todo o tipo de atividades em Cem Soldos. O BONS SONS já vai no seu último dia mas as baterias ainda estão carregadas e a aldeia ainda tem muito para dar.
DOM 11
14:00 Vozes Tradicionais Femininas MPAGDP
14:45 Ricardo Leitão Pedro Carlos Paredes
15:30 Galo Cant’às Duas Giacometti-INATEL
16:30 Telma MPAGDP
17:30 Pedro Mafama Giacometti-INATEL
18:15 Joana Gama + Sopa de Pedra Zeca Afonso
19:30 Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva Amália
20:45 Luísa Sobral Zeca Afonso
22:00 Júlio Pereira Lopes-Graça
23:15 Tape Junk António Variações
00:15 Dino D’Santiago Lopes-Graça
01:30 Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira António Variações
02:30 Moullinex Aguardela
Às 14:00 sobem ao palco Vozes Tradicionais Femininas, grupo amador residente desde 2017 na Casa da Comarca da Sertã, em Lisboa. Como o nome indica, estas mulheres de todas idades formam um coro de vozes e exibem o seu amor pela tradição oral e a busca pelo resgatar de uma cultura antiga.
Mantendo a lógica do aproveitamento de tradições antigas, Ricardo Leitão Pedro partilha no palco Carlos Paredes o seu amor pelo canto al liuto, acompanhado por vários instrumentos de corda dedilhada.
Ao longo da tarde, a dupla Galo Cant’às Duas emana energias rítmicas e harmónicas com as suas percussões e o seu contrabaixo, a cantautora portuense Telma faz-nos viajar pelas suas muitas influências musicais acompanhada por um pianista e Pedro Mafama, que depois de estagiar na Enchufada e nos apresentar o EP Má Fama em 2017, continua a espalhar os sons ecléticos das guitarras melancólicas do fado e das batidas sensuais da tarraxinha, com trap, kuduro e música eletrónica à mistura.
Às 18:15 atuam Joana Gama + Sopa de Pedra. De um lado, o super-grupo composto por dez mulheres que interpretam arranjos originais de músicas populares portuguesas sempre com ouvido atento às tradições das várias regiões de Portugal. Do outro, a música multifacetada e pianista Joana Gama que se dedica à musicalidade do século XX e XXI com uma expressividade que é mesmo só dela. Juntas revisitam o repertório de Lopes-Graça num dos concertos comemorativos das dez edições.
Às 19:30, juntam-se dois músicos de jazz de gerações completamente diferentes, Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva. O primeiro, menino-prodígio do saxofone, lançou disco a solo recentemente; o segundo conta com uma longa carreira no mundo da música. No BONS SONS, juntam-se para uma demonstração do talento imenso que ambos têm.
Desde 2011 que Luísa Sobral cria música e lança discos e em 2017 escreveu aquela que seria a música vencedora do Eurovisão, Amar pelos Dois, interpretada por Salvador Sobra. Está de volta aos palcos com nova banda e o BONS SONS é uma das suas paragens. Atua às 20:45 no Palco Zeca Afonso.
A noite prossegue com o compositor, multi-instrumentista e produtor Júlio Pereira. Já lançou 20 discos seus e trabalhou em mais 80. Inicialmente ligado ao rock, agora dedica-se à música tradicional portuguesa e é essa sua faceta que está presente no festival este ano.
Segue-se Dino D’Santiago no mesmo palco, Lopes-Graça, onde vão ser claras as suas influências das tradições musicais de Cabo Verde e eletrónica lisboeta, assim como o funaná, batuku, morna, quizomba e afro house.
Tape Junk, que muito recentemente lançaram o Couch Pop, vêm fazer dançar com o seu rock simples e intenso e o último concerto da noite pertence a Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira no Palco António Variações. Com os seus arranjos em progressão e melodias pop, editaram em 2019 um disco produzido por B Fachada e apresentam-no agora ao vivo. Junta-se Tiago Sami Pereira que volta com o seu característico bombo e inabalável amor pela percussão tradicional portuguesa.
E até ao fim estão reservadas surpresas. No final da noite, Moulinex apresenta um concerto acompanhado por Diogo Arranja, Ghetthoven, Gui Tomé Ribeiro, Gui Salgueiro e outros convidados e algumas surpresas.
ATIVIDADES PARALELAS
Um último dia de festival repleto de concertos não podia deixar de vir acompanhado com momentos e atividades alternativas para aproveitar entre concertos e para viver Cem Soldos de uma maneira ainda melhor.
Famílias e crianças têm um leque de atividades divertidas que incluem eventos especiais com música, oficinas e momentos de ternura e aprendizagem com o Burro de Miranda.
Nem a Própria Ruína é a proposta de Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos, um espetáculo de dança que ganha vida neste dia e o primeiro pelo trio nortenho, com base no álbum de 1978 ‘’10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte’’ de José Cid. Às 17:00 no Auditório Agostinho da Silva, em parceria com o Festival Materiais Diversos.
Em parceria com o projeto de jornalismo independente Fumaça, acontece mais um debate, desta vez intitulado Artes e Produção Cultural no Largo do Rossio às 18:00, sobre todas as facetas e problemáticas que giram em volta da produção artística no país. Com a participação de Elisabete Paiva (diretora do Festival Materiais Diversos) e Ana Deus (cantora – Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso).
Não esquecer que há ainda um livro ilustrado sobre o BONS SONS. “BONS SONS x 10 – Uma Aldeia em Manifesto” está à venda por apenas 12,50€ na do festival.
BILHETES À VENDA
BILHETE DIÁRIO
25€ AGOSTO
Apenas disponível nas bilheteiras do recinto