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Quando os eleitos do PSD chegaram à CME, após as últimas eleições, encontraram uma inquietante falta de preocupação com o problema da insegurança, resultado de quem negava este tipo de incidentes.
Sentimento de dever cumprido quando o prometido é devido
Contrariando a passividade instalada ao longo do tempo e passando das ideias à prática, os eleitos do PSD quiseram incluir – logo no primeiro orçamento – uma rúbrica com o necessário , para instalar um sistema de videovigilância.
Apesar de algum pára/arranca, este sistema de videovigilância – a principal promessa do programa eleitoral do PSD relativamente à insegurança – acabou por ver a luz do dia e foi alvo de um protocolo, recentemente assinado entre a CME e o Comando Distrital de Santarém da PSP.
Porque o prometido é devido, os atuais eleitos do PSD, na CME, manifestaram natural satisfação pela concretização de uma das suas promessas. O sistema será um marco no combate à insegurança, resultando num gratificante sentimento de dever cumprido.
Levar a água ao moinho com discrição e dar um nó cego no problema
Quanto mais a insegurança andar nas bocas do mundo, maior será a reputação negativa do concelho. Precisamos de evitar essa situação. Mas isso é uma coisa. Outra é enfrentar o problema e dar-lhe um nó cego.
Não é preciso gritar a plenos pulmões, para resolver o problema da insegurança. Um comportamento discreto, mas responsável é a forma mais inteligente de levar a água ao moinho.
este estilo discreto que cria hábitos para obter resultados.
Meliantes, delinquentes e outros figurantes da cobiça do alheio vistos à lupa
O sistema de videovigilância não resolverá tudo. Mas, a par de uma presença de proximidade, terá um papel desmotivador para meliantes, delinquentes e outros figurantes “especializados” no “ramo” da cobiça do alheio, que terão a sua “atividade” vista à lupa.
As soluções tecnológicas para a falta de efetivos da PSP que fazem das tripas coração
A nível nacional é reconhecida a falta de estruturas, meios e efetivos da PSP, para a manutenção das normais condições de segurança da vida em sociedade.
O nosso concelho é prova disso. Mas estamos em crer que os agentes da PSP trabalham o que podem e como podem, fazendo das tripas coração, para ultrapassarem de forma imaginativa a falta de efetivos e de condições da esquadra atual.
Um elevado preço onde paga o justo pelo pecador
A videovigilância retirará privacidade à nossa vida, mas quem não deve não teme. Muitas vezes, infelizmente, a vida é o que é e não o que deveria ser. Nessas situações temos de atuar em conformidade para benefício do bem comum.
Paradoxalmente será um elevado preço a pagar por quem nada fez para o merecer. Apenas uma percentagem marginal da população causa a maior parte dos comportamentos de insegurança, fazendo o justo pagar pelo pecador.
A fuga para a frente com convenientes artes mágicas
Dar este passo e chegar até aqui não foi fácil. A manifesta atitude de incapacitante apatia aliada a uma constante fuga para frente – na esperança da dificuldade se resolver por artes mágicas – adiou a resolução dos crescentes problemas da insegurança.
Como quem quer esconder um problema, que não conseguiu resolver em oito (8) anos, as possíveis soluções para o tema da insegurança nunca viram a ordem do dia.
Nem mesmo na campanha eleitoral das últimas autárquicas, onde algumas forças políticas nunca trouxeram o assunto a lume – provavelmente com medo de se queimarem.
Torcer a orelha, tarde e a más horas, por quem fez orelhas moucas
Infelizmente fizeram-se “orelhas moucas” às avisadas vozes manifestadas sobre a insegurança. Mas em resultado de acontecimentos trágicos “torceu-se a orelha” e deu-se a “mão à palmatória”.
Foi tarde e a más horas. É sempre assim quando estamos em presença de comportamentos autoritários que só reconhecem uma única razão: a sua!
Situações premonitórias de uma tragédia anunciada
Avisados pelas pessoas, os eleitos do PSD denunciaram, em sucessivas reuniões da CME, situações de insegurança rodoviária, capazes de acabarem numa tragédia. Mas as suas intervenções foram sempre desconsideradas, mesmo com premonitórios sinais do que poderia estar para acontecer.
Eram disso exemplo os comportamentos de automobilistas irresponsáveis que utilizavam as nossas ruas, para realizarem etapas de contrarrelógio à luz do dia.
Mas a atitude de fazer “orelhas moucas” foi levada ao extremo, pelos atuais eleitos do PS. Ao autoritarismo patente aliaram uma evidente falta de capacidade para trabalharem em equipa, o que lhes toldou a noção da realidade.
Dar o braço a torcer à custa do dramático sacrifício de má memória
O trágico acidente rodoviário, de má memória, numa das ruas do nosso concelho, foi a gota de água que obrigou os eleitos do PS a darem o “braço a torcer”, tomando consciência da necessidade de medidas urgentes, para combater a insegurança rodoviária.
Tolerância Zero é para manter
Os tempos atuais aconselham manter uma atitude de tolerância zero sobre a insegurança. Esta atitude foi adotada desde o princípio, sabendo que a liberdade implica responsabilidade, com direitos, mas também deveres, que nem sempre são acatados por todos.
Mas esta responsabilidade tem de ser de todos e também de outras instituições, dependentes do Estado, exigindo-se que cada uma cumpra a parte que lhe compete.
Ainda a procissão vai no adro
Depressa e bem não há quem. Mas, apesar da procissão ainda ir no adro e de não termos chegado a metade do mandato autárquico, há esperança de concretizar outras medidas, no âmbito em questão.
Assim queiram as várias forças políticas trabalhar em benefício de todas as pessoas, contrariando a atitude mostrada no início do mandato autárquico.
Chamar à pedra a irresponsável demagogia do discurso eleitoral
Vivemos numa época onde muitas promessas são demagógicas e o seu incumprimento é a norma, sendo a impunidade o resultado habitual, pois ninguém é chamado à pedra, o que conduz ao descrédito da política e às altas taxas de abstenção.
Somos contra a demagogia do discurso eleitoral irresponsável e consideramos que é preciso acabar com o populismo gratuito de todos os que falam muito e muito pouco fazem.
As promessas são para cumprir a bem do futuro de todas as pessoas.
Dizer mal é fácil, difícil é fazer!