
Hoje, na impossibilidade do meu discurso, realizado na sessão Solene da Assembleia Municipal do Entroncamento, ter ficado registado em vídeo, venho deixá-lo aqui para memória futura.
Hoje, estamos aqui para celebrar o 48º Aniversário do 25 de Abril.
Celebramos uma flor, que foi semeada com Abril e regada com Novembro. Uma flor que tem tanto de bela, como de frágil. Uma flor com muitas cores, uma flor que tanto é vermelha, como verde, como azul ou amarela.
É uma flor que necessita a cada dia ser tratada, ser cuidada, ser regada e como toda a flor, ser apreciada.
Uma flor cultivada numa terra, lavrada com lágrimas e adubada com suor, mas que ainda assim teima em ser uma terra farta de ervas daninhas. Ervas que tentam subverter, que tentam subjugar, que tentam matar a flor, a flor chamada Liberdade.
Que a nossa Liberdade, não seja uma flor de um canteiro menor, desprezado ou esquecido.
A Flor chamada Liberdade, precisa de ser o destaque deste nosso jardim, o jardim chamado Democracia.
Esta flor, a Liberdade, não pode ser apenas uma flor cortada e colocada ao peito, porque essa flor quando é cortada, embora pareça viva, morre, a flor está morta, não tem futuro, vai murchar.
A Liberdade precisa de ser o centro do nosso jardim, um jardim bem arejado e não bafiento, um jardim bem cuidado, um jardim bem regado, um jardim com todo o esplendor.
E neste jardim, que é a Democracia, cada um de nós tem de ser o jardineiro, o cuidador, o tratador.
A ervas daninhas do populismo barato, que tem mais ego do que pétalas, que tem mais de si do que tem de cheiro, teimam em querer aparecer muitas vezes com aparência de flor, mas não deixam de ser ervas daninhas.
Estas ervas precisam de ser arrancadas, mas com cuidado e sabedoria, porque as ervas daninhas têm muitas raízes e sementes, tanto aparecem à direita como à esquerda do jardim, mas cuidado, porque elas querem mesmo é chegar ao centro do jardim: o poder pelo poder.
Estas ervas, com aparência de flores, querem desnutrir, abafar, roubar, destruir a nossa flor, a flor chamada Liberdade.
A flor chamada Liberdade precisa de mais cuidados, precisa de Sol, precisa de luz para desabrochar, para libertar o seu cheiro, para brilhar.
Por isso não podemos colocar a flor chamada Liberdade à sombra da falta de segurança, à sombra da falta de responsabilidade das instituições democráticas, à sombra dos caprichos de quem manda.
A Flor chamada Liberdade, necessita para viver, continuar a ser regada com as águas de Novembro, sem totalitarismos, sem donos, sem egos, sem vaidades.
Por isso aqui estamos hoje, para cuidar de uma flor chamada Liberdade, do Jardim chamado democracia.
Mas hoje é apenas um dia, apenas um momento, mas hoje e o momento não chegam! É preciso todos os dias cuidar da Flor e do Jardim.
Mais do que nunca precisamos de ser jardineiros deste jardim, cuidadores desta Flor.
Aqui bem perto de nós, no nosso continente, há guerra, há ataques à Liberdade, há ataques a soberania, à Democracia. Por isso mais do que nunca, temos de valorizar a nossa Liberdade e a nossa Democracia.
Por tudo isto e por um Futuro, necessitamos ter mais segurança, que possamos ter mais diálogo entre todos, que honremos cada vez mais a palavra dada, que consigamos escutar mais, que quem está em liderança possa ouvir mais, que pense em servir mais a todos do que se servir a si e às suas clientelas, que sejamos mais honestos, mais sinceros, mais íntegros.
Que a nossa Flor nunca murche e que o nosso Jardim seja sempre assim: um jardim com sementes de Abril e com águas de Novembro, com homens e mulheres prontos para fazer brilhar a flor chamada Liberdade, neste jardim chamado Democracia.
Viva a Liberdade!
Viva a Democracia!
Viva o Entroncamento!
Viva Portugal!