Esta linhas que vos escrevo, são linhas orientadoras e motivadoras para os próximos tempos, linhas estas que pretendem inspirar-vos e também motivar: que possamos juntos fazer um movimento que nos leve a voltar a acreditar no Entroncamento.
Ao longo de todos estes anos temos visto a nossa cidade a perder características que a definiam e a ganhar outras novas que a redefiniram, isso fez com que muitos deixassem de acreditar no Entroncamento.
As Políticas que nos levaram até aqui começaram nos inícios dos anos 90 e até aos dias de hoje não se corrigiram nem tão pouco se alteraram.
As cidades não são estanques e muito menos imutáveis, as pessoas mudam, os pensamentos mudam, a arquitetura muda, tudo muda na cidade. À medida que chegam pessoas novas, elas vão acrescentando vivências e culturas diferentes .
A nossa cidade tem sido e será sempre uma cidade em movimento, temos os comboios que agitam a cidade, trazendo e levando pessoas para diversas partes e destinos. Temos é de acreditar na nossa cidade e potenciar o melhor que ela tem e que sempre terá: as pessoas. São as pessoas que fazem a cidade, são as pessoas que a transformam, são as pessoas que lhe dão e são a sua vida.
Temos dos melhores rendimentos per capita da região e do país, temos pessoas qualificadas, temos das melhores acessibilidades, mas ainda assim temos tido governações locais que nos têm desiludido.
É necessário aproveitar o melhor de nós, da nossa cidade e não nos contentarmos com políticas que em nada acrescentam valor “à nossa gente”.
Nesse sentido cabe a quem faz política acreditar, colocar as pessoas no centro das suas políticas, colocar as pessoas como a sua prioridade. Não vale a pena dizer que queremos uma cidade para as pessoas, se as nossas ideias, se as nossas políticas têm como base fazer uma cidade “como nós gostamos e como os nossos amigos gostam”.
Esta semana falava com um colega de escola e empreendedor da nossa cidade em que o tema central foi o Entroncamento do passado, o que fazíamos e o que a cidade era.
Falávamos dos nossos colegas que deixaram de acreditar no Entroncamento e que se mudaram para a Capital, ou para localidades vizinhas onde aí constituíram família e pagam os seus impostos.
A cidade tem lacunas graves na sua construção enquanto urbe, sim!
A Cidade tem problemas com a segurança, sim!
A cidade tem isto e aquilo, sim!
Mas é a nossa cidade!!!
Temos e devemos acreditar que podemos dar a volta, temos e devemos acreditar que podemos transformar a nossa cidade numa cidade melhor! Mas isso cabe a cada um de nós!
Eu acredito num Entroncamento Vivo, com um comércio local forte, onde podemos usufruir da cultura, onde podemos fazer um passeio à noite com a família, onde os nossos jovens se sentem bem! Eu acredito que é possível ter esse Entroncamento!
Acreditar na nossa cidade é deixar a política de amigos, é deixar de querer agradar a todos e não agradar a ninguém.
Acreditar na nossa cidade é ter políticas diferentes do que tem havido nos últimos anos, é colocar em prática não só as boas práticas de gestão económica, mas também querer dar qualidade de vida. Qualidade real não apenas nas folhas de Excel.
Basta de estarmos encurralados pelos números, é preciso “ter acção”, como se diz em bom português, “pôr mãos à obra” e aqui a obra não é só obra física, é colocar as pessoas no centro.
O Povo diz que palavras levam o vento, é tão verdade! Precisamos de atos, de ideias e de pessoas para as implementar.
Temos de acreditar no Entroncamento e nas suas gentes, temos de nos unir em torno da nossa cidade, deixar as divergências e voltar a acreditar!
Eu acredito no Entroncamento, eu acredito nos Entroncamentenses e nos que escolheram a nossa cidade para morar. Juntos podemos acreditar e dar a volta por cima.
Mudar é algo que começa em nós, começa de dentro, dentro de cada um de nós.
As políticas locais são muito mais do que ideologias, as políticas locais devem e têm de ser agregadoras, tem de ser transformadoras e têm de ter visão. Não basta falar é preciso mostrar, é preciso ter ideias e ideias concretas, ideias de quem conhece, vive e Acredita no Entroncamento.
Se não acreditarmos no Entroncamento a nossa visão estará distorcida, se não acreditarmos na “nossa gente”, não teremos ninguém ao nosso lado para operar a transformação necessária.
É preciso e é urgente acreditar no Entroncamento.
As ideias existem, as pessoas querem, então porque continuar a não acreditar no Entroncamento?
Eu Acredito? E tu? Queres acreditar comigo? Queres acreditar connosco?
Estás preparado para acreditar em políticas diferentes, feita por pessoas diferentes, pessoas que acreditam na nossa cidade?
Vale a pena acreditar, Acreditar no Entroncamento.