Há já alguns dias, vi a entrevista, na TVI, de Miguel Sousa Tavares a André Ventura. Fiquei pasmado com a rispidez que foi emanada durante a entrevista, da agressividade e da falta de isenção do dito “jornalista”. Na altura dei o desconto, até porque o “entrevistador” é uma personagem sui generis que, sempre que fala, lança chispas de ódio e agressividade para quem quer que seja.
Ontem, dia 15 de Dezembro, vi a “entrevista”, na RTP 1, de João Adelino Faria a André Ventura e fiquei (novamente) estupefacto! Aquela meia-hora foi tudo menos uma entrevista! Parecia, completamente, um debate entre forças opositoras (tal como aconteceu com Miguel Sousa Tavares).
Quem ontem assistiu à “entrevista”, ficou a perceber o quão podre está todo o nosso sistema. Viu-se um “jornalista” altamente parcial e persecutório e fez das figuras mais tristes alguma vez vistas num ecrã de TV. Existe, nitidamente um complot entre as estações de TV/Rádio contra André Ventura e a qualquer custo, mesmo ultrapassando as regras básicas de um estado de direito, sendo tudo menos uma entrevista, cheia de frases tiradas de fora do contexto e uma tentativa clara de denegrir a pessoa, não deixando, sequer, o entrevistado responder. O que vi foi uma evidente falta de rigor, isenção e transparência (tal como aconteceu com Miguel Sousa Tavares).
Insistentemente, o “jornalista” rotulava o entrevistado, mesmo que tal não correspondesse ao que era dito pelo mesmo. Foi mal-educado não só nas expressões faciais como também no tom utlizado que roçava o gozo e o desprezo (tal como aconteceu com Miguel Sousa Tavares).
Independentemente da sua cor política, deveria fazer a entrevista de forma a esclarecer os telespectadores e tinha que ser imparcial. Nunca se pode conduzir uma entrevista com base na simpatia ou antipatia que se tem pelo entrevistado, muito menos tentar, de forma clara, denegrir o representante do CHEGA, não deixando o entrevistado, sequer, responder (tal como aconteceu com Miguel Sousa Tavares).
Sou apartidário e não estou a defender André Ventura. Mas sou democrata e, em democracia, este tipo de jornalismo não é admissível! Fiquei ainda mais preocupado do que já estava sobre a forma, eventualmente manipulada, de como as notícias nos chegam! Se, à vista de todos nós, se viu tamanha falta de isenção, como será nos bastidores?
Numa entrevista em que o “entrevistador”, em 30 minutos, interrompe o entrevistado cerca de 170 vezes, dando uma média de cerca de 6 intervenções por minuto, o que poderemos esperar? O que se viu foi uma vergonha, que envergonha toda a classe jornalística!
Chega, pois, de tendências e partidarites! Chega de jornalismo tendencioso! Chega de manipulação por parte dos media!
(O autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico)