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Podíamos comparar a nossa cidade com a floresta de Sherwood onde o saudoso Robin dos Bosques roubava aos ricos para dar aos pobres, mas não estaria a ser justo com as gentes desta bela cidade porque isto mais parece um western americano. Ora o D. Faria, rei do Entroncamento, acompanhado pelos seus cangalheiros da távola redonda, decidem que a cidade é segura, assim só porque sim, e quando se tenta fazer alguma coisa lá para os lados da oposição, lá salta o duque Forinho de la Chega, montado no seu animal, de nome manda-chuva, uma burra de raça, para defender o seu senhor dos maldosos interesses dos habitantes desta cidade. Estes habitantes, verdadeiros ogres aos olhos do excelentíssimo monarca, seres que apenas vivem de mal dizer do imponente senhor feudal do Entroncamento, esses sim são os verdadeiros loucos que vêem coisas que não existem, alucinados que alucinam com assaltos, corridas, agressões… Este nosso grandioso rei, digno de tão majestosa reputação, um verdadeiro Gilles de Rais dos tempos modernos, veste a sua capa de super-herói e mantém a nossa cidade segura há 8 anos, longe das hordas bárbaras de munícipes alucinados. Ao seu lado os bravos cangalheiros que o acompanham em tão vastas desventuras, percorrendo uma pista de rally ao som de guitarras, montados numa carroça de ouro puxada pelo duque Forinho e a sua burra manda-chuva. Juntos festejam a morte de uma pequena ogre, ao fundo dessa mesma pista, herói tão acarinhado este nosso monarca, D. Faria, rei do Entroncamento…

Isto poderia ser mais uma história satírica mas a verdade é que nesta cidade “segura” perdeu-se a vida de uma menina de 4 anos, num local onde o presidente negou a construção de lombas. Considere as suas mãos manchadas de sangue, D. Faria I do Entroncamento.

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Ut sementem feceris, ita metes.

JF

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